quarta-feira, 31 de março de 2010

O que acontece com as pessoas que seguram muito a raiva?


Existem dois extremos não favoráveis: de um lado as pessoas passivas, que prendem a raiva, são “engolidoras de sapo”; essas pessoas, tidas como “boazinhas”, acabam manifestando sua raiva ou insatisfação, física ou psicologicamente. Devemos externar as insatisfações para não ficar remoendo-as, para não nos tornarmos rancorosos e um dia pagarmos um preço: úlcera, gastrite ou infarto, ou, no futuro, ansiedade ou depressão.

O outro extremo são aquelas pessoas que não sabem segurar nada, explodem com facilidade. Elas se manifestam, mas criam dificuldades com quem se relacionam. Pessoas que ficam com raiva ou irritadas com facilidade têm algumas características: não gostam de receber um “não” como resposta, não gostam de admitir os próprios erros, são autoritárias, têm necessidade de que os outros concordem com elas o tempo todo.

A raiva deve ser sempre manifestada, mas a forma como isso se dá é importante. Se a pessoa manifesta a irritabilidade ou a raiva de maneira explosiva, impulsiva ou agressiva, todo o ambiente vai rejeitar essa colocação, pois ninguém gosta de ser agredido, punido ou submeter-se a uma situação de explosão.

A melhor postura em relação à raiva é a postura de assertividade: pessoas firmes, mas educadas, com bom senso, são verdadeiras e espontâneas; são capazes de manifestar o desagrado e as “raivas” de maneira respeitosa, firme, de tal forma que a outra pessoa, objeto de sua raiva, saiba ouvi-la. A pessoa assertiva sabe manifestar o conteúdo (a raiva), transmitindo-o de maneira adequada: com sabedoria.

O pensamento atrai coisas negativas?



O pessimista está mais atento ao que não dá certo, às dificuldades do dia-a-dia. Tudo na vida algumas vezes dá certo e outras vezes, não. Tudo tem um lado positivo e outro negativo. O otimista sempre vê alguma coisa boa, mesmo nos maus momentos. Tudo indica que as pessoas negativas realmente geram, em torno de si, campos de energia que parecem negativos, onde determinadas situações se tornam desfavoráveis. O otimista, ao contrário, pode viver situações em que consiga bons resultados baseados na energia positiva que gera em torno de si. Isso é algo ainda polêmico. Sem dúvida nenhuma, porém, quanto maior o negativismo, maior a possibilidade de as coisas virem a não dar certo.
O pessimista prepara o ambiente para um fracasso, porque ele próprio tem dificuldade em lidar com frustrações, imperfeições e erros. Ele projeta coisas negativistas, e tudo o que der certo é lucro. Já o otimista está sempre disposto a aprender com as experiências, independentemente do resultado. Tem grande capacidade de superação e, ao assimilar a frustração, cresce com os erros e frustrações. Por isso, o otimista não tem vergonha ou medo de projetar coisas boas.

terça-feira, 30 de março de 2010

Por que de repente “bate” um baixo-astral, uma tristeza, sem nenum motivo aparente?


O que fazer para tirar pensamentos negativos e tristes da cabeça?

A tristeza, o baixo –astral são sentimentos inerentes ao ser humano, ao mamífero em geral, que tem sistema de afeto ou límbico, ficando sujeito a tristezas. Em nós, seres humanos, a tristeza pode vir nos momentos em que experimentamos perdas, fracassos e frustrações, diante de situações existenciais difíceis, e vamos tendo aquela sensação de menos valia, de desesperança. Normalmente, tais pensamentos costumam desaparecer à medida que a pessoa se recupera da situação. Existem pessoas naturalmente negativistas. É uma questão de temperamento.
Para tirar os pensamentos negativos da cabeça, é bom partilhar o baixo-astral com familiares e amigos. Se o dasabafo não for suficiente, será necessário procurar ajuda com alguém que possa distinguir uma tristeza ocasional de uma depressão, que exige tratamento médico e psicológico.
Quando a tristeza e o baixo-astral vêm sem motivo aparente, deve-se investigar a possibilidade de ser uma alteração mais profunda.
Nós, neurocientistas que pesquisamos o cérebro humano, sabemos que um erro do funcionamento cerebral pode ser um dos motivos que levam à tristeza e ao negativismo sem causa, que seria uma depressão maior ou uma distimia. Os processos de depressão endógena ou maior, ou de distimias, que são depressões mais leves, devem-se a alterações de substâncias químicas chamadas neurotransmissores cerebrais. Uma dessas substâncias é a serotonina.
Hoje em dia, associam-se diversos quadros depressivos, as tristezas patológicas, a uma causa biológica. Esses quadros, que antigamente se manifestavam depois dos 20, 30, 50 anos de idade, atualmente têm surgido em crianças, adolescentes e pré-adolescentes.



Livro eduardo Aquino: O que os JOVENS gostariam de saber e os ADULTOS têm dificuldade de responder.
2ª Edição Belo Horizonte – 1997.

segunda-feira, 29 de março de 2010

O excesso de mau humor pode trazer algum malefício? E o excesso de bom humor?




Uma pergunta interessante. O excesso de mau humor pode trazer muitos malefícios. A pessoa mal humorada é alguém que nega a vida, os prazeres, tudo aquilo que o meio ambiente, o meio social e o meio afetivo podem propiciar-lhe. O mal –humorado é um selecionador de fatos ruins. Normalmente, esse mau humor leva a dificuldade às relações familiares, sociais, afetivas e profissionais. Essa pessoa tem grande dificuldade de co-habitação e, por causa do mau humor, muitas vezes tenta punir as pessoas que a rodeiam pelo estabelecimento de um ambiente desprazeroso, mediante posturas agressivas, impulsivas. No fundo, a única pessoa prejudicada pelo mau humor é o mal-humorado, porque, para ele, nada na vida tem graça, cor, luz e vibração. O pior malefício é que essa pessoa será cronicamente infeliz.
Quando o mau humor é proveniente de doenças, como a depressão, por exemplo, pode ser tratado e curado; mas, se o mau humor for próprio da personalidade e do temperamento, essa pessoa terá uma série de dificuldades pela vida afora.
Já o bom humor é sempre bem-vindo. O excesso de bom humor só prejudica as pessoas que têm dificuldade de perceber que, em certos ambientes, nem sempre podemos ser piadistas.


Livro Eduardo Aquino: O que os jovens gostariam de saber e os Adultos têm dificuldade de responder.
2ª Edição – Belo Horizonte – 1997.

domingo, 28 de março de 2010

A SÍNDROME DO FILHO DITADOR

Coluna Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícias do dia 28/03/2010.


A Síndrome do filho ditador: ou os pequenos “reizinhos chineses”.
A cena só não é cômica, pois, o lado trágico já faz parte da maioria dos lares mundiais: uma fotografia de um gigantesco ginásio de esportes da China, onde milhares de pessoas dormiam desconfortavelmente em colchonetes ao lado das malas, sacolas .... A primeira vista pareciam vítimas de terremotos, enchentes ou outros dos freqüentes e estranhos desastres naturais de um mundo em crise convulsiva. Mas não estava escrito debaixo da foto: “os indefesos e deprimidos pais dos “Czares” Chineses, que ficam 10 – 15 dias acampados nas Universidades Chinesas para ver se seus filhos únicos de 17 – 19 anos se “adaptariam” a universidade!!! E se eles suportariam o “desmame forçado dos nenéns-adolescentes”, já que a política do filho-único na China, impede casais de ter mais filhos.
E, vale lembrar, a China, – uma mega-potência de 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (6 vezes mais que o Brasil) que em apenas 20 anos, saiu de um país rural, miserável, faminto, se tornou um país urbano, altamente tecnológico com arranha-céus e um enriquecimento louco ( após milhares de anos de nação pobre, invadida, explorada por outros povos) onde a “guerra de gerações” mais se evidencia, pois os jovens urbanos, novos-ricos, lotados de tecnologia chinesa (muitas vezes copiadas) grifes, roupas de marcas, carros europeus de luxo, se tornaram ditadores, “reizinhos”, “Czares” submetendo os pais a humilhações cheios de exigências, insensíveis, egoístas. E os pais ex-famintos rurais, desajeitados nas novas mídias – Internet, Ipod, Iphone e outras telas que surgem a cada mês), se tornam banais, descartáveis em pouco tempo (lembram-se das fitas de vídeo, dos LPs, dos CD`s, do fax, do ...).
Pois bem, pais humildes, humilhados e apegados, não só se submetem as “vontades materiais dos filhos, as baladas regadas a bebida, drogas, sexo e rock-in-roll, são chantageados, desprezados e ainda tem de escutar “Eu não pedi para nascer”! “Bem feito! Quem mandou criar “monstrinhos filhos de chocadeiras eletrônicas”?! Como diz uma educadora “somos da época que comíamos carne de pescoço e pé de frango, para deixar coxa e peito para os pais, avós e os de mais idade. Hoje somos pais que continuamos a comer carne de pescoço e pé de frango, para deixar coxa e peito para filhos e netos!!!. Ta bom!!! Se não mudarmos, podem preparar os sacos de dormir, as trouxinhas que seus bebês-adultecentes, uma hora, te colocam para correr!!! Quem viver, verá!

Que conselhos você daria para quem é fechado e esconde os sentimentos?



A inibição afetiva é uma falta de harmonia; pode acontecer tanto no homem quanto na mulher, e também em qualquer idade: quando crianças, adolescentes, adultos e idosos.
A inibição tem diversas raízes, de acordo com a tendência pessoal, que faz parte de temperamento e da personalidade. Existem pessoas mais abertas e comunicativas. Outras são fechadas, inibidas, menos sociáveis. O meio ambiente também pode interferir. Uma família de pessoas muito fechadas, racionais, caladas e retraídas impede o desenvolvimento da manifestação afetiva. Ambientes onde as pessoas aprendem a comunicar-se, a tocar-se, acariciar-se, conversar e partilhar, favorecem quem não tem vergonha de ser o que é, quem não tem vergonha de errar. Podemos perceber que a pessoa mais fechada é, em geral, alguém que não gosta de errar, de expor suas opiniões, por temer a crítica e o julgamento alheios.
Uma das piores prisões é a inibição afetiva. Toda pessoa inibida guarda para si própria sua experiência e vivencia. É necessário que o tímido, o medroso social, aquele que teme expor-se em publico aprenda,ao invés de fugi ou evitar essa exposição, a enfrentar o medo. A pessoa fechada e inibida não se deixa conhecer, questionar, ajudar, como também não se propõe a ajudar, ficando ilhada em si mesma. Ele pode até pensar, sentir e agir, mas se não aprender a viver a relação com o outro, vai estar sempre imperfeita, inadequada socialmente.
Os homens são educados para ser racionais e ter grande capacidade de ação. Os “ditos” simplistas que existiam na época de nossos pais e avós, do tipo “homem não chora”, “homem não sente”, “tem de ser machão, vigoroso e forte”, são uma grande bobagem. O homem tem de chorar, sentir, engravidar junto com a mulher. Tem de ter a força e a coragem de ser também um ser afetivo, de aprender a dar as mãos e beijar filhos e a esposa.
Hoje, existe uma série de técnicas pedagógicas e psicoterapêuticas para a pessoa inibida, com fobia social, seja por temperamento ou em função do ambiente. Não há timidez ou inibição sem solução.

Livro Eduardo Aquino, O que os jovens gostariam de saber e os Adultos têm dificuldade de responder.
2ª Edição – Belo Horizonte 1997.

sábado, 27 de março de 2010

O que fazer, para deixarmos de ser desconfiados?



A desconfiança é um comportamento de defesa contra uma projeção de risco que nem sempre é real. Foi herdada, fazendo parte da existência de todos nós.
Se exagerada, a desconfiança tem de ser trabalhada em psicoterapia; a pessoa desconfiada tem mais dificuldades de entrosamento social, de manter um namoro, um casamento, uma sociedade comercial, por achar que os outros estão sempre tentando passá-la para trás. A pessoa desconfiada é auto-referencial. Isso significa que sempre acha que o mundo está contra ela. Está sempre tensa, na defensiva, sentindo-se vigiada e vigiando o meio ambiente; por isso é ansiosa, inibida ou tímida.
Por exemplo, uma pessoa, num ambiente festivo, nota que duas outras estão cochichando, uma no ouvido da outra. Então cisma que aquele cochicho tem a ver com ela. Essa pessoa sente-se incomodada e vigiada, passando a adotar uma postura de vigilância e de defesa excessiva contra aquelas

sexta-feira, 26 de março de 2010

Como resolver uma insatisfação, se ela é própria da família?



O próprio termo já diz: insatisfação é uma não-satisfação. Satisfação é um tipo de estado afetivo que nos dá a sensação de recompensa, de prazer e de relaxamento. Pessoas insatisfeitas não se sentem com paz de espírito. A insatisfação tem a ver, em primeiro lugar, com o próprio indivíduo. Cada um de nós é agente de sua satisfação, responsável pelo seu prazer.
Em uma família em que, individualmente, as pessoas não estão bem, o ambiente familiar também não será bom, havendo uma guerra para se saber quem faz quem insatisfeito ou infeliz. A vida familiar tumultuada pode ser um fator ruim para o individuo. Todavia, mesmo em ambiente ruim, se algum membro da família se propuser um desenvolvimento pessoal, uma busca de situações prazerosas, um amadurecimento do psiquismo, essa pessoa poderá se sentir satisfeita e ajudar seus familiares a também buscarem a satisfação.


Livro Eduardo Aquino: O que os Jovens gostariam de saber e os Adultos têm dificuldade de responder.
2ª Edição- 1997.

quinta-feira, 25 de março de 2010

CONCLUSÃO:



Um dos maiores desafios para pais e educadores é neste início de um novo século e milênio, saber se posicionar diante de crianças e adolescentes tecnológicos, excessivamente voltados para multi-meios críticos dos Adultos, que tiveram que se adaptar, às vezes mais desajeitamente ou até fóbicos á internet, IPODS, ,Ipifone e toda essas novidades eletrônicas. A falta de tempo, a globalização, a rapidez de um mundo em constante transformação, somado a uma geração mais egocêntrica, narcisista e indiferente, muito voltada para aspectos materiais, modismos, individualização, vício em telas seja de computador, videogames, TVs a cabo ou abertas, ouvidos ocupados com MP3 ou IPODs, celulares causando dependência e dificultando conversas tete-a-tete. Sim, o desafio maior é resgatar a admiração, o respeito, o diálogo entre adultos e seus filhos ou alunos. Fazer com que, apesar de todos os estímulos e programas a que eles estão submetidos (shopping, baladas, internet, orkuts, MSN entre outros), possamos ser mais lúdicos, alegres, atraentes, a ponto de meio a tantas opções, nossas crianças e jovens curtam relacionar conosco, gostem de nosso papo, das nossas histórias ridículas(e que eles adoram) de um mundo tão diferente do atual e no entanto mais afetivo, sábio, artesanal. Cabe a nós ultrapassarmos e de sermos meramente provedores das necessidades básicas dando escolaridade, saúde, lazer, alimentação, cultura, habitação. Precisamos nos impor, refazendo a autoridade que o adulto deve ter em relação às crianças, pré-adolescentes, adolescentes e adultos jovem.
É imperioso entender que uma das maiores funções nossas, educadores que somos, independente de sermos pais ou professores, é transmitirmos ás novas gerações, a SABEDORIA, que só a experiência existencial nos fornece e ensina.
E isso requer tempo dedicado aos filhos ou alunos, uma habilidade de despertar neles, a curiosidade, o prazer, a alegria de um relacionamento aberto, compartilhado, onde ensinamos e aprendemos a cada dia, a arte de viver!
Os principais ingredientes para compreender (o que não é sinônimo de concordar, tenham certeza) nossos filhos e alunos, nós pontuamos neste livro, como uma visão, básica do comportamento, o temperamento, o caráter de crianças e jovens. Vimos à interferência das drogas, uma visão breve de quadros psíquicos que podem interferir na conduta, na escolaridade, na sociabilidade deles. Mas é necessário registrar que o tumulto e inabilidade que tem resultado em graves conflitos pais-filhos, aluno-educador, escola-alunos, pais-escola. O papel da família e da escola na formação moral, ética, profissional deve ser fruto de uma cooperação, complementação, companheirismo de ambas as instituições. Educar é a mais nobre das funções de um adulto em relação ás novas gerações. Transmitir e compartilhar o conhecimento são o maior exemplo de amor e cidadania e razão de evolução humana que existe. Por isso sempre a experiência é fundamental no processo de adquirir conceitos, criar consciência e assim mudarmos nossos comportamentos em relação a nós mesmos e ao mundo que nos cerca. Experimentar significa, tentar e errar ou acertar e aprender sempre. Cabe por outro lado, alertar aos adultos sejam pais ou educadores sobre uma estranha conduta que vemos atualmente e que é incompatível com o papel de educador que somos: são os adultos que morrem de medo de contrariar os filhos ou alunos. Pais e educadores que são chantageados, oprimidos e temerosos das reações dos mais jovens.
Ora mendigando uma manifestação afetiva, uma atenção, ora excessivamente preocupados e reféns dos desejos, vontade e autoritarismo dos filhos e alunos. Seja como for, não se admite uma inversão de hierarquia, um afrouxamento da autoridade com crianças e jovens cada vez mais exigentes, insaciáveis sem limites, ditatoriais, criados por babás eletrônicas, chocadeiras eletrônicas que mais que viciar, tem determinado, pela Internet, padrões de comportamento, modismos e atitudes absolutamente contrárias àquelas que apregoamos ou desejamos para nossos filhos ou alunos. E é nesse bombardeio de informações multi-meios que temos que reentender as relações pais e filhos, professor, aluno, retomando o diálogo, a comunicação, a comunhão de idéias , o ambiente comunitário, onde a cumplicidade, o afeto, o carinho, a capacidade de ouvir, de falar sejam o comum e não a exceção em ambiente familiar ou escolar.
O papel do educador é e sempre será a transmissão do conhecimento!. Mas aqueles que exercerem tal papel com prazer, dedicação, irão muito mais longe: tornarão-se referencial para as novas gerações, e assim também terão como resultado um formador do caráter, um mestre de moral, ética, exemplo a ser seguido, por despertar admiração, respeito, interesse.
Por fim fica a máxima “As únicas heranças que deixamos para todo o sempre é o exemplo de dignidade, a sabedoria... ria, e o amor”.

quarta-feira, 24 de março de 2010

3. Terceira idade: uma nova visão, baseada no avanço neurocientífico e novas base humanísticas.


Desde seus primórdios, a humanidade tem no envelhecer e no morrer as suas mais angustiantes expectativas.
A velhice e a proximidade do fim existencial têm povoado de preconceitos, mitos e problemas, as culturas, religiões, sociedade, família e política, e só recentemente isso tem sido revertido, através de uma visão mais humanística e científica.
Quando pensamos na 3ª idade, três questões surgem:
A primeira questão: o que é ser velho? Um adolescente que se perde no desvario das drogas e violência, ou um idoso que aos 90 anos dá a público uma obra-prima da literatura, das artes plásticas ou da música? Velho é algo que não tem valor, que é descartável, que não é produtivo. Já o idoso é aquele que enfrentou bonanças e tempestades, sobreviveu ás intempéries e quer nos dar como herança sua experiência e sabedoria.
Assim sendo, em determinadas sociedades, principalmente as mais antigas e sapientes, os idosos têm papel crucial junto á família e á sociedade: são conselheiros e sábios. Em contrapartida, em nosso mundo ocidental, veloz, tecnológico, cibernético e baseado na produção, os idosos passaram a ser considerados dispensáveis, e mais, desvalorizados como imensa massa de aposentados, a gastar verbas previdenciárias e médicas. Foram condenados a ser “aposentados” não só no trabalho, mas da vida, em seu calvário de uma existência ociosa, solitária e vazia.

Segunda questão: a vida é qualidade ou quantidade? Segundo a Sociedade Britânica de Geriatria, o importante não é acrescentar anos á vida de uma pessoa. O que se observa é que, graças aos avanços da ciência, vivemos cada vez mais: na Europa Nórdica, a expectativa de vida já ultrapassa os 85 anos. Mas, paradoxalmente, é crescente o número de auto-extermínio na 3ª idade. Eis o contra-senso: o tempo de vida não é o mais importante, necessário é resgatar a dignidade, a qualidade de vida e o respeito a nosso futuro, pois inevitavelmente haveremos de adquirir idade e um dia nos confrontaremos com a morte.
A última questão: por que as demências (ou “esclerose”) têm sido tão comuns entre os idosos? As neurociências avançaram no sentido de pesquisar o cérebro e o que chama a atenção é a alta incidência das demências, principalmente o “mal de Alzheimer” ou demência senil precoce. Isto se dá por diversos fatores, mas é importante destacar que a qualidade de vida das duas primeiras idades é fundamental para se entender a 3ª idade. Numa sociedade cada vez mais veloz, estressante, violenta e seletiva que vem desgastando o cérebro, afora a poluição, o mundo artificial, etc., a depressão e o nível tensional têm atingido níveis insuportáveis. Chegamos ao fim do século numa das maiores crises da humanidade: Crise urbana, política, social, econômica, religiosa, mas principalmente crise de indivíduo, que tem uma vida confortável, moderna, tecnológica, mas infeliz! E o cérebro é movido a prazer!
Soluções: A busca do prazer, o resgate do humanismo e a troca do vício de um mundo individualista, com excesso de informação e de máquinas, por um mundo em que as pessoas voltem a se relacionar. É preciso valorizar a sabedoria, tão típica do idoso, como instrumento de entender o universo que nos cerca. O idoso reassume, com o fim da aposentadoria do viver, seu papel de sábio e conselheiro. Precisamos de fórmulas mágicas ou do elixir da juventude para prolongar a vida? Nada disso: apenas resgatar o que a natureza sempre nos ofertou.
Agradeça sempre a Deus por fazer da vida uma dádiva e uma busca de nós mesmos!

terça-feira, 23 de março de 2010

REFLEXÃO SOBRE O PERDÃO E O DESAPEGO:


Coluna Eduardo Aquino para o Jornal Super Notícia do dia 21/03/2010.


Como seguir na estrada da vida, mais feliz, mais leve em paz de espírito!
Tenho estado nas estradas desse sertãozão, com minhas palestras e doação do meu conteúdo, da minha vivência de décadas como psiquiatra, neurocientista, escritor e testemunha de milhares de clientes atendidos sempre com seus SOFRIMENTOS FÍSICOS e/ou PSÍQUICOS e/ou ESPIRITUAIS. Sou observador da falência afetiva colossal, que vem “crassando” a humanidade e só piora, quanto maior a tecnologia, os multimeios e “A POBREZA DA ALMA HUMANA!” Com seu materialismo insano, egocentrismo e individualismo tenebrosos, o TER e a Aparência, sobrepondo ao SER e ao CONTEÚDO, e o PODER, essa doença que contamina desde sociólogos a sindicalistas e quem mais mergulha na política, afinal “larga é a porta e amplo o caminho que conduz à perdição!” Como bem nos ensinou Jesus Cristo!. Não me espanta que a OMS alerte: “Em 2020, desordens psíquicas – depressão, fobias, pânicos entre outras – a adição a drogas será o MAIOR PROBLEMA DE SAÚDE DO MUNDO, afinal estamos no mesmo barco – global, injusto, falido – que só faz enfrentar tormentas (desde terremotos, mudanças climáticas até corrupção e ganância de financistas, empresários, políticos no comando dessa NAU SEM RUMO) e ficar à deriva.
Enfim algo trágico, ruim, e inevitável se aproxima! Veja a violência, a fragilidade dos E.U.A., as ameaças terroristas, as guerras tribais, pobres contra ricos, católicos e muçulmanos, torcidas de futebol, ódios raciais, radicalismo políticos, religiosos, culturais, e por ai vai ... Pois bem, nunca foi tão importante rever conceitos, comportamentos, nossa terrível “pensação de cada dia”, nossa Síndrome do Pensamento Disparado a nos torturar todo tempo com preocupações terríveis, sofrimentos antecipatórios, medos de tudo e de todos, dificuldades financeiras, no trabalho, no casamento, com filhos Ufa!!!
Não me espanto quando a Associação de Psiquiatria Americana afirma que “7 em cada 10 pacientes que procuram ajuda médica com sintomas físicos inespecíficos, estejam com transtornos ansiosos e/ou depressivos! Afinal “SOMOS O QUE PENSAMOS” e como reza a filosofia quântica “Pensar provoca no cérebro as mesmas reações eletroquímicas que algo – real”. Assim a realidade é nada mais, nada menos que nossas imaginações e projeções mentais. Aliás Jesus Cristo já dizia que “a boca fala daquilo que o coração anda cheio”. Somos torturadores e vítimas de nós mesmos! Crie seu filme pessoal escreva a cada dia seu capítulo no filme (ou livro) chamada Vida. Se o seu enredo é dramático se vive “em suspense”, se adora um terror, uma comédia, os filmes pornôs, o certo é o seguinte: ser feliz ou infeliz é responsabilidade de cada um de nós.
Chega de gente reclamando de filho, marido, mulher, emprego, time de futebol, políticos(sempre os mesmos). Mergulha em si mesmo e tente resgatar seus sonhos, desejos, hobbies, momentos de prazer e relaxamento que um dia te faziam ser felizes (e nem sabiam) e esperançosos; ainda que as noticias sejam cada dia mais cruéis (e sempre a natureza humana foi angustiada, cheia de medos, culpas, ódios, desavenças – ASSISTAM ao filme “A Fita Branca”) é dentro de você que mora a Fé – energia divina e poderosa, que uma vez acessada, liberta nossa mente, coração e alma do “PESO e POLUIÇÃO” que estranhamente cultivamos de forma altamente masoquista – já que sentimentos só fazem BEM ou MAL para quem os sentem e não para quem nos provoca.
Não sei quanto a vocês, mas os tenho praticado TODOS OS DIAS, O EXERCÍCIO DE VARRER DESSAS TRÊS MORADAS SAGRADAS – meu coração e alma – TODO O PESO É SUJEIRA DOS ÓDIOS, INVEJAS, CIÚMES, RESSENTIMENTOS, MÁGOAS, EMBURAMENTO, MEDOS, CULPAS, ANGÚSTIAS E PRINCIPALMENTE A VAIDADE!!! Minha vassoura chama HUMILDADE, meu detergente é o PERDÃO, meu PANO de limpeza é o DESAPEGO a materialidade. Assim pleno de AMOR A MIM, AOS MEUS FILHOS, AMIGOS e todo ser humano que conheço, vou escrevendo meu Livro da Vida, e confesso: Cada dia mais leve, pleno, extasiado por essa dádiva que é a VIDA!!! Se sofro as agruras, as injustiças? Se sofro com meus erros, defeitos, imperfeições? Se PENO, ao perceber o quanto as pessoas não entendem a “dor na alma” que é a depressão – e angústia, o apego, o materialismo, o egoísmo contagiante? É CLARO!!! Mas minhas penúrias, meus sofrimentos, são páginas que viro e no dia seguinte, olha eu aqui escrevendo mais um capítulo romântico, esperançoso, amoroso. Não sei caminhar “ de costas para a vida! Ruminar fatos passados que nos feriram, é de um mau gosto indescritível! É sentir a mesma dor infinitas vezes e assim perder o humor, a alegria, o prazer! Ô, amigão, vira para a frente e veja o incrível “horizonte existencial” que o espera. Por isso Reafirmo: Sou louco para morrer ( de forma natural!!!) pois tendo a verdadeira Fé, cada dia exerço mais e mais o PERDÃO amo de forma cada vez mais apegada e acredito nele: “A vida vale a PENA (de penúrias, penalidades) pois existe a casa do PAI e o DESCANSO ETERNO!!! Semeie aqui, colha lá: “Boas árvores dão bons frutos, má árvores dão maus frutos”. Mas, não se esqueça: aqui é lugar de trabalhar a cada dia, nossos erros, nossas “cruzes”, nossos desafios. DESCANSO É DEPOIS!!!

segunda-feira, 22 de março de 2010

CAPÍTULO VIII: AS 04 MALAS - CONTINUAÇÃO

A primeira é a genética e, sendo assim, já trazemos características físicas e psicológicas, bem como traços familiares que vêm de longa data, desde o início do tempo. Recebemos essa mala já com um segundo de vida, como herança.
A segunda é a mala da educação recebida em casa. É uma mala vazia, que começa a se encher tão logo se passa, através de pais, irmãos, avós, primos, tios, babás e empregadas, a escutar: isso pode, aquilo não pode, é feio, é certo, “vou contar pra sua mãe”, não se misture, não se esqueça que você é um Del Pratti, família nobre, comporte-se, ganhe dinheiro, seja alguém – “Ô mundo cão”, seja generoso, deixe de ser bobo, coitadinho do seu pai, menino! Vai me matar do coração, quero ter orgulho de você, etc., etc.. Enfim, essa é a mala das culpas, dos medos, das chantagens, da opressão, do ciúme, dos bons e maus exemplos, dos bons e maus modelos, da cultura e aquisição familiar.
A terceira mala é o ambiente sócio-político-econômico cultural em que foi criado. Constitui aquisições tiradas do meio ambiente. Nessa mala, se alguém veio de uma pequena cidade rural, seus valores são diametralmente opostos aos daqueles que vieram do Rio de Janeiro ou São Paulo, ou ainda se se é nordestino ou gaúcho, espírita ou crente, “socialite” ou novo rico, empresário ou operário, estrangeiro ou nativo. Se é jovem e revolucionário ou idoso e conservador, É um amontoado de preconceitos, dogmas, regras loucas e insanas “odeio pobre, urgl”, “não agüento preto”, “nada mais antipático que novo-rico”, e crente? Ichl”, cabeça chata”. Que mala complicada, lotada de antipatias, aversões, “verdades”, críticas, “também olha o origem dele, nem tem pedigree”, frescuras, embora possam trazer cultura, sabedoria, boas lembranças, sensibilidades, emoções, inteligências, boas influências.
E a última – a mais pesada, a maior por sinal – é a mala da individualidade (mesmo do mesmo sangue, de mesma origem, mesmo pai, mesma cidade: “como você é diferente do seu irmão). Essa quarta mala é única, existem bilhões no mundo, nenhuma igual. Ela é de todo jeito: grande, pequena, vermelha, preta, fina, grossa, redonda, quadrada, etc.. É sua, e só sua: seu jeito, seu temperamento, sua personalidade, sua alma é a mais importante, pois ela é seu código, sua contribuição (boa, mediana ou ruim) para o mundo; sua senha para a eternidade. Por isso, não se esqueça: jamais abra mão dessa mala, seja no casamento, no trabalho, na família, na sociedade.
Pois bem, “pombos” (ué? Já não são mais pombinhos), antes de casar era uma maravilha: cada um tinha um armário de quatro divisões, onde cabiam as 4 malas, tudo arrumado, ex.: para os perfeccionistas (naturalmente obsessivos, organizados, detalhistas, hiperativos e autoritários) ou desarrumado, ex.: para os bagunceiros (normalmente preguiçosos , artistas, desorganizados, proteladores e acomodados). Cada qual, após as brigas e discussões inevitáveis dos “pólos opostos”, voltava para seu próprio armário; seu próprio ninho. Por falar nisso, já viram como a gente adora casar com nosso avesso? Perfeccionista com desorganizado, esportista com preguiçoso, fumante com não fumante, tímido com extrovertido, caseiro com sociável, urbano com ecologista, ex-rico e nobre com ex-pobre e novo rico, médico psiquiatra com psicólogo (opsi!), tecnofílico com tecnofóbico, artista (após se separar 10 vezes de outros artistas) com empresário, romântico com pragmático: e agora querem viver juntos, e despercebidos de que ninguém nos treina para as diferenças e raras semelhanças contidas nas 4 malas que cada um carrega na vida. Assim, num belo dia, os “pombos” (ainda não depenados e cozidos) resolvem ir para um mesmo ninho (diferente dos ninhos anteriores de cada um, é bom que se diga). Esquecidos de que agora são 8 malas, um só armário de quatro divisões.
- Claudionor, quer tirar suas tralhas, que no armário não cabe tudo.
- Ô vaninha, se arredar um pouco ...
- Eu quero lá misturar cueca com sutiã, batom com espuma de barba, camisa do Flamengo com meu Pierre Cardin, água-velva com meu Herrera? Vá se danar; Claudionor.
- Mas, querida, cabe um pouco na despensa.
- Nem morta! Esse armário é meu, e você que se vire.
- Mas, florzinha, é só um tempo.
- Nem dois!
- Esquece isso e vem fazer amor, Vaninha
- Nem pensar, antes tenho que passar meus cremes, aplicar meu permanente, depilar, fazer limpeza de pele ... E você. Claudionor, não vai se lavar antes? Imagino aonde essa mão já não passou. Calça que usou na rua, em cima do meu “virol novinho”.
- Mas, santa, é nossa primeira noite juntos, antes não tinha nada disso.
- Se liga, Claudionor, que aqui já não é a casa da sogra, não, viu?
Essa história de mala, hein? Pera ai, quer separar? Não, não. Antes leia o capitulo final, é só uma questão de adaptação, respeito, afeto, amor ...
- Claudionooooor! Fez xixi na tampa da privada outra vez?! Pode limpar com pinho-sol e luvinhas, e não me toca até “desinfetar suas patinhas”.
Lar, doce lar!
Calma, quando nascerem os filhos, melhora (a Vaninha vai ter mais gente para xingar, psiu!).
Sim, existem casamentos harmoniosos: perfeccionista com perfeccionista, fumante com fumante, autoritário com submisso. Uma pena que isso não seja bem casar, é meio empobrecedor; isso é, sim, uma parceria de dois, onde continuamos a ser o que já éramos -
O quê? Casados há 30 anos e nunca brigaram? Fazem sexo duas vezes por semana? Dão beijinho na boca todo dia? Posso tirar uma foto? É que sou pescador e, se eu contar lá na turma, ninguém acredita! Além do mais, eu queria mostrar pros meus futuros netos, pois, do jeito que a coisa anda, vocês correm mo risco de ser extintos!
Mas resta a esperança de que, ao casar, nesse “novo ninho”, “novo armário”, o casal tenha maturidade de compreender que duas malas têm que caber em duas das quatro divisões: as malas da individualidade, que devem ser respeitadas e preservadas. Ai serão apenas mais duas divisões para seis malas ( a da herança genética, da educação familiar e a do meio cultural-sócio-econômico de cada um ). Nessa hora, vai ter que haver concessão, frustração, generosidade, vontade de dar certo, companheirismo, amizade, amor. Enfim, ingredientes fundamentais onde houver desunião, desarmonia, imaturidade. E como diria o filme “Da vida nada se leva” – a não ser a energia da alma de quem evolui o suficiente para respeitar o “outro” (qualquer que seja esse outro: filho, sócio, irmão, colega de trabalho, semelhante, etc..).

Livro Eduardo Aquino: PEQUENO MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA NA SELVA DAS GRANDES e também médias e pequenas CIDADES (4ª edição – Belo Horizonte/2000).

domingo, 21 de março de 2010

CAPÍTULO VIII : SÍNDROME DO QUE “O QUE DEUS UNIU O HOMEM SEMPRE SEPARA”

Ou: A epidemia do casa - separa, casa – separa...


Nada mais antigo do que o acasalamento. Ou nada mais natural, biológico cultural, espiritual... sei lá! É próton com elétron, espermatozóide com óvulo, macho com fêmea (e suas diversas variáveis), etc.. O Certo é que “pólos contrários se atraem”.
_ Ô Jofre, e o seu armário? Tudo misturado: camisa social com blazer, cueca com meia, tênis com sapato. Assim não é possível!
- Matilde, sua regra adiantou?
- Jofre, isso é jeito de falar?
É que sua TPM (tensão pré-menstrual) – Ô marido desinformado) atacou mais cedo esse mês.
- Jofre, já não agüento sua bagunça, seus atrasos, sua cueca no bidê. Chega!
-Calma, meu anjo (força de expressão), se acalma. Lembra do que seu analista recomendou. Vai fazer a sua terapia do azulejo. Duas horas lavando o azulejo e você se acalma. Te prometo: com o 13º e o FGTS compro um apartamento maior. Só pra você aumentar o tempo gasto com sua “mania de limpeza”.
- Jofre! Tira o pé da mesinha, e o dedo do nariz. Não vá colocar meleca debaixo da cadeira, você me conhece!
- Calma, Matilde, já tomou seu Lexotan, meu bem?
- Vou pra mamãe. Chega de viver nesse pardieiro, com um porco chauvinista!
Que é chauvinista?
- Não sei, mas escutei no programa da Sílvia Popovic e o homem ficou uma fera.
- Vai ver, era gay!
- Não me enrola, Jofre, se você não comprar outro apartamento, eu vou pra mamãe...
- Já vai tarde! É bom porque lá vocês se divertem juntas. Por falar nisso: ela ainda esteriliza os pratos, usa aqueles chinelinhos para não sujar o tapete, lava as mãos 34 vezes?
Jofre!
- Matilde, sabe de uma coisa? Vá se sujar!
- Tudo, menos isso, é o fim!

Uma estatística impressionante mostra que o número de separações em certos países europeus chega a ser 3 a 5 vezes maior que o número de casamentos. É incrível: o tempo médio de permanência do convívio entre os casais varia de 4 a 7 anos; é a famosa “crise dos sete anos”, cada vez mais difícil de se ultrapassar atualmente.
Você sabia que, antes de haver união civil ou religiosa, os acasalamentos entre humanos duravam esse período de 4 a 7 anos, que equivale ao tempo necessário para que a “cria” (filho) tivesse condições mínimas de sobrevivência? Ou ainda: a necessidade de nova conquista era fundamental para que o macho espalhasse seus genes por um maior número de fêmeas, e assim assegurasse a garantia da espécie, e também porque após os primeiros anos havia menor interesse sexual? Ou ainda, os últimos estudos neurocientíficos provam que, no início da relação, existem modificações na química cerebral, e com a “paixão” temos aumento de dopamina e fenilalanina , o que nos mantém extasiados, exaltados, “dopados” em relação a esse “objeto de paixão”, e então sentimos todos os sintomas típicos de drogados (abstinência, perda do juízo critico, necessidade cada vez maior, etc.)? Calma, apaixonados do Brasil! Como tudo, a paixão acaba e ai, além da ressaca (física, moral e financeira), quando isso acontece, existem dois caminhos mais comuns:
1 – aversão
2 – indiferença e um caminho mais raro – e bem mais morno - , mas muito gratificante e eterno: “o amor”!
Tempo de paixão? Pode durar dias, meses, mas no máximo 7 anos! Como diria minha avó: “Cuidado com a crise dos sete anos”!
Mas existem outras teorias: a urbanização criou uma sociedade de consumo, que banalizou as relações humanas; hoje somos rápidos, competitivos, imediatistas, fanáticos por novidades, estereótipos, mudanças (de casal, de parceiro, de endereço...). Nós consumimos rápido e assim enjoamos rápido, tudo rápido (até para ejacular é nessa rapidez).
Que linda, a sua mulher!
- Ex ...
- O quê? Já separou? Mas ela está de papo há horas com seu irmão.
- Ajuntaram.
- O quê? E você?
- Estou morando com minha cunhada.
- Nossa, que confusão! E como ficaram as coisas?
- Ficou tudo como antes, à exceção que me tornei pai dos sobrinhos, e tio dos meus filhos ....
- Ah bom! Perguntar não ofende ...
Como somos ingênuos, desinformados quanto ao casamento. Na vida aprende-se de tudo: matemática, português, medicina, ser funcionário publico, comportar-se socialmente, escolher religião, mas como escolher uma mulher, e a mulher escolher um parceiro, é duro! Tudo na base da intuição e instinto de sobrevivência.
O que te leva a casar? Ciúme, insegurança, interesse financeiro, sexual, vontade de constituir família? Sei lá o que te provocou essa “vontade para casar”! Mas não se esqueçam pombinhos e “dopadinhos” de paixão: no casamento cada um entra com quatro malas.

sábado, 20 de março de 2010

2. Pais e filhos – uma relação que pode ser sadia



Uma série de perguntas surge quando colocamos em questão a relação pais e filhos. Qual seria o nosso verdadeiro papel como pais?
Como educar nossos filhos? Como ter uma relação verdadeira em família? Como abordar temas ligados a sexo e drogas? Como enfrentar a crescente liberalização dos costumes? Estas são dúvidas corriqueiras, com as quais qualquer família se depara, mas para esclarecê-las é preciso revermos e realmente assumirmos nosso papel de “pais-educadores”.
A melhor linguagem com os filhos não são as palavras, mas as ações. A criança é um excelente observador. Os filhos têm os pais como modelo. É observando os pais que eles definem como agir. Por isso, não adianta, por exemplo, os pais exigirem amizade entre os irmãos, se eles (os pais) estão sempre ás voltas com discussões e brigas. Se o discurso não é reforçado na prática, ele perde a credibilidade.
Educar é bem diferente de adestrar, embora seja esta uma prática freqüente em muitas famílias. Os filhos não são seres adestrados, aos quais ofertamos um doce ao agirem corretamente ou punimos ao errarem. Educar é orientar, acima de tudo, com atitudes.
Merecimento é uma boa palavra para conduzir a relação entre pais e filhos. É preciso merecer para ter. O merecimento deverá ser uma conquista, porque o filho deverá ser educado no sentido de buscar esse merecimento, através de suas atitudes e de sua postura diante da vida. O pai que consegue o que quer do filho, na base da troca, verá chegar um determinado momento em que nada mais terá para oferecer. O filho também deixará de ter o que barganhar.
Os pais são os responsáveis pela formação dos filhos e deverão dar o melhor de si, dentro de suas condições, mas caberá ao filho o processamento de todas as informações recebidas. O filho é quem irá traçar seu próprio futuro. E como disse um psiquiatra francês: “Somos artesãos de nosso próprio mundo, sujeitos de nossa ação e autores de nossos personagens”.

quinta-feira, 18 de março de 2010

1. O jovem de hoje



Cada vez mais se percebe a necessidade de ampliar as informações dadas ás crianças, pré-adolescentes. Por outro lado, pais e pedagogos constatam uma crescente inquietude, rebeldia e hostilidade nos jovens, traduzidas não como queixas, mas sim através de insatisfações. E os jovens não estão insatisfeitos á toa. Eles não são acomodados, como foram na infância os atuais adultos, que facilmente se submetiam a dogmas, preceito e “pré-conceitos”, fartamente utilizados como mecanismo de educação.
Na juventude de hoje, não existem mais o medo de cara feia, nem a inibição pelo berro, que foram eficientes na relação pai/filho tempos atrás. Atualmente, os jovens não aceitam mais as regras de forma passiva. Ignoram, inclusive, a essência dessas regras. Há um maior nível de questionamento e de atividades, se compararmos com o que foram e tiveram, na infância, os adultos que hoje são pais.
Presos em ambientes fechados, sem oportunidade de vida ao ar livre e, em contrapartida, bombardeados pela TV, computador e vídeo games, as crianças e adolescentes vão acumulando e recebendo, progressivamente, informações negativas em relação ao futuro, ao país e á sociedade. Tudo isso se traduz também na escolha da profissão, hoje determinada não pelo talento e dom de cada um, mas pelas oportunidades oferecidas pelo mercado de trabalho. E o que cerca toda essa realidade é um mundo competitivo, repleto de cismas e desconfianças. Nada mais desprazeroso.
Avessos á falta de prazer, os jovens dizem não a um tipo de realidade que, vivida por seus pais, colaborou para os adoecerem, seja com stress, ansiedade ou depressão. Os filhos não querem ver nos pais o seu futuro espelhado. Os jovens querem novas lideranças, a criatividade, a luz e o talento e dão um basta aos discursos sobre crise, negativismo e pessimismo.Esta ´´e uma geração que luta para resgatar o romantismo, o amor, a cooperação, o partilhar e o fazer justiça. Ávida por tudo o que representa qualidade de vida, essa também é uma geração que não obtém, dos adultos, sejam eles pais ou educadores, respostas ás suas reivindicações de um mundo novo, de formas de relacionamento.
A juventude questiona o papel da bebida, das drogas, tenta conjugar afetividade e sexualidade, fazer a escolha correta do parceiro, estabelecer uma relação verdadeira com a família, adaptar-se á violência urbana e ás injustiças.
Por tudo isso, é chegada a hora de se buscar uma existência mais sábia, com a qualidade de vida preponderando-se á modernidade que, embora apresente avanços e novas tecnologias, é sinônimo de relacionamentos humanos menos ricos, menos generosos e verdadeiros, condenando os homens á apatia, acomodação, preguiça e insatisfação.
Meu objetivo, como pesquisador do comportamento humano, é ir a campo semeando conhecimentos, novos conceitos e verdades, divulgando a espontaneidade de se viver, trocando informações, tendo relacionamentos mais diretos com a criança, o pré-adolescente e o adolescente, buscando colher a prevenção de doenças manifestas, geralmente, na fase adulta. Meu objetivo é resgatar a dignidade da vida como sinônimo de harmonia para que reaprendamos, através do pensamento a sonhar, a ter metas e intenções; através do afeto saibamos dar cor, luz e movimentos a esses sonhos e metas e, através da força de vontade, possamos transformar os sonhos em realidade.

quarta-feira, 17 de março de 2010



Nestes vinte e tanto anos como psiquiatra, psicoterapeuta e neurocientista, tenho tido a grande oportunidade de participar da história de milhares de clientes, além de palestras, que venho ministrando para dezenas de milhares de pessoas, tentando denunciar a falência do ser humano moderno (homo sapiens sapiens). E nada é mais flagrante que, ao dar ênfase preponderante á sua capacidade intelectiva (energia do pensamento), este ser, de forma desastrada e inconseqüente, tem acelerado tempo e espaço, criado stress irreal, usado e abusado de mentiras, inverdades, omissão, falta de sabedoria, criado ilusões tecnológicas, mas se perdendo em sua infelicidade, que é compensada com suas conquistas materiais.
Pobre ser humano, que adoeceu na área mais divina: o afeto. Sim, estamos diante de uma epidemia de depressão, ansiedade, de pânicos, fobias, insônia, violências, vícios. Atualmente nos adoecemos com as ansiedades modernas: workaholic (vício no trabalho, incapacidade de ter lazer), shoppingmania (compras excessivas, impulsivas, com culpas e angústias depois), sexomania (sexualidade instintiva, impulsiva, viciosa,sem prazer correlato), anorexia em crianças, bulimias, vício em drogas (bebida, cigarro, maconha, cocaína, anfetaminas – remédio para emagrecer – sedativos e calmantes, cafeína, guaraná em pó, ginseng, etc..), tecnofilia – vício em aparelhos eletrônicos – computador, TV a cabo, vídeo games, etc..
Ufa! Até o final do século, ninguém escapará: alguma ansiedade patológica vai nos atacar.
Não há dúvida de que a urbanização rápida deste século, o predomínio do capitalismo, a sobreposição da cultura ocidental sobre a oriental, a mudança da atuação da mulher desde a década de 30, a degradação ambiental, as injustiças sociais cada vez mais acentuadas e criando duas espécies – Homo tecnologicus e Homo desqualificatus – além da rapidez das transformações, tudo isso resultou na falência das relações humanas e desconsiderou valores que podem ter sido esquecidos, mas são eternos: o amor, o respeito, a sabedoria, simplicidade, a fé, a solidariedade, as leis naturais e divinas, que regem desde átomos até sistemas solares e galáxias.
Amigo: A você, perdido nessa selva de violência, desamor, interesses escusos, líderes onipotentes, vaidosos, egocêntricos. A você que anda sem tempo, viciado em informação, pagando impostos injustos, sustentando essa “corja desonesta”. A você, malcasado, lembre-se de que o casamento bom é aquele onde existe maturidade, respeito ás diferenças e aos espaços individuais; aquele onde não há interesses dissimulados nem jogos (ciúme, culpa, dó, chantagens emocionais, opressão, competitividade), onde impere a naturalidade, a espontaneidade, a solidariedade. A você, mal remunerado, arrisque-se amigo! Concilie prazer, criatividade, vá a luta, saia dessa, dê o salto. A você, solitário em suas angústias e decepções. A você, aposentado da vida (não se esqueça de que a vida é um eterno desafio, um constante recomeçar), volte a sonhar, vire consultor, vire sábio. A você, reclamador compulsivo. A todos vocês, eu agora revelo o segredo:
Deus nos criou para o prazer, a alegria, a leveza, a paz, a harmonia, o equilíbrio. Precisamos extrair do meio ambiente os elementos essenciais para o meio interno (físico e psicológico) de cada um de nós. Ecologia humana. É isso, uma sintonia entre os ambientes interno e externo.
Busque a luz! Seja feliz e lembre-se: cada um é agente de si mesmo. Chega de falar mal do país, da cidade, da mulher, dos filhos, do trabalho, da empregada; faça sua parte!
A seguir, alguns textos, baseados em minhas palestras, para reflexão:

LEIS NATURAIS X LEIS ARTIFICIAIS

LEIS NATURAIS
Luminosidade (fonte de alegria e prazer)
Andar a pé (fonte de endorfinas)
Plantar e colher, de forma natural
Preparar o próprio alimento, cozinhar, fazer na hora(usar olfato, paladar e visão)
Saber adaptar-se á temperatura ambiente
Buscar recursos naturais contra doenças (fitoterapia, fé, carinho, sabedorias culturais)
Mata verde, meio ambiente em equilíbrio
Água natural, da fonte (só 0,65% da água do mundo é potável)
Obter informações pela experiência da observação (sabedoria), tempo para contemplar, compreender, perceber ciclos e ritmos da natureza
Silêncio e sons ambientes naturais
Respirar o ar puro do campo e renovar a sensação de bem estar
Sentir-se em ambiente aberto
Direito de ir e vir
Sentir o sabor do alimento
Solidariedade e convívio comunitário

PRAZER NATURAL
(Tirar da natureza grandes sensações)
Lazer (com família, amigos) desfrutando as possibilidades da natureza (praia, montanha, cachoeira, mato, etc..)

LEIS ARTIFICIAIS
Luz artificial (lâmpadas), que aumentam o stress e o cansaço
Usar meio mais rápido(?) carro, ônibus, etc.) atrasar-se e irritar-se
Alimentos enlatados, carnes com anabolizantes, frutas e verduras com pesticida (perigo de morrer e ter câncer)
Freezer, microondas, fast-food, (cadê o sabor, o tempero, o prazer?
Ar condicionado, calefação, etc. (e ter problema de stress e sinusite crônica, dor de cabeça, etc..)
Antióbico, CTI, máquinas, convênios, hospitais contaminados (na busca da saúde, encontra-se um coquetel de doenças)
Poluição, concreto, cidades, desmatamentos, catástrofes naturais por desequilíbrio ambiental (a morte lenta da natureza e, com ela, a do ser humano)
Poluição de rios, lagos (será motivo de guerra em 6 décadas, a obtenção de água)
Dependência da informação (TV, computador, fax) e sensação de não estar bem informado(afinal com tantos dados disponíveis e simultâneos, e nunca me sinto seguro)
Poluição sonora nos grandes centros (pior á noite), rádio, TV, walk-man
Cheiro contaminado dos grandes centros (CO2, fumaça de fábrica, rios poluídos, cheiro de enxofre), tossir com a fuligem das fábricas, com a fumaça dos escapamentos e ter asma, bronquite, etc..
Trancafiar-se nas 4 paredes de sua sala de trabalho ou no quarto de casa
Ser prisioneiro do trânsito, sala de espera, filas, relógios de ponto, horário pra tudo (fazer xixi, almoçar, Jornal Nacional, novela); medo de locomover-se pela violência
Alimentar-se rápido com comidas artificiais e gosto repetitivo (fast-food),
Individualismo e solidão – solidão no meio da multidão
PRAZER ARTIFICIAL
(Droga, bebida, cafeína, sedativos, guaraná em pó, cigarro, microcomputador, compras, dinheiro, sexo em série, etc.
Individualismo acompanhado de vício em TV, micro, vídeo games, vídeo-cassete, etc..

terça-feira, 16 de março de 2010

MUNDO NATURA X MUNDO ARTIFICIAL

Tabela de Valores
MUNDO NATURAL

(DIVINO)
Sabedoria
Tempo para observar
SER
Espiritualidade
Desapego
Liderança Natural
Humildade
Confiança
Competência, Talento
Energia
Fé, Crer
Amor
Coração, Afeto
Mente
Família, Espírito Comunitário
Natureza, Meio Ambiente
Paz

MUNDO ARTIFICIAL
(SERES HUMANOS)
Informação
Não pode perder tempo (falta de tempo)
TER
Materialismo
Apego (Medo de Perder)
Poder obtido pela força e pelo dinheiro
Vaidade, Orgulho
Inseguranças, Cismas, Ciúmes
Esperteza, Politicagem
Matéria
Saber
Paixão
Inteligência, Pragmatismo
Cérebro
Individualidade
Cidade, Casa, Micro, TV –
Ambiente Fechado
Agitação

GRATIFICAÇÃO :A importância do reforço positivo.


Em todo ser existe uma busca constante da existência (ex-sistere do latim emergir, vir á luz). Assim, todos buscamos ser foco, e até uma planta se inclina em direção á luz solar.
O problema é que nessa busca por “aparecer”, usamos formas erradas:
“coitadismos” – sempre buscando provocar dó, pena, “bom mocismo” o patologicamente bom, passivo, escravo do “sim”, “o autoritário” impositivo, inflexível, viciado no poder, o “comportadinho” que quer se destacar como exemplo para todos, responsável exageradamente, o “gostosão” – que quer se impor física e sedutoramente, o “aprontador” ou “rebelde” que busca atenção desafiando a autoridade e inúmeros outros exemplos que povoam nosso meio comunitário, todos tentando “existir uns para outros”. Mas independente do estilo, da busca de espaço e dos jogos sociais danosos que usamos:
. Chantagem emocional
. Posse, ciúme;
. Dó, pena, auto piedade;
. Opressão, autoritarismo, força,
. Sedução;
. Culpas!! (atenção aos jogos de culpa – desculpa);
. Emburramento.

O certo é que estamos querendo uma melhor estima, auto censura e segurança nas nossas relações interpessoais. O ideal é que todos nós deveríamos melhorar nossa forma de comunicação, de exercício da crítica, de exposição as nossas idéias, afetos e desejos, buscando compreensão mútua e coerência diária de nossa vida mental, que é regida por três energias:
1º) Intelectiva – o ato de pensar: o ideal seria se disséssemos aquilo que pensamos;
2º) Afetiva – o ato de sentir: o certo seria se expressássemos aquilo que sentimos;
3º) Volitiva – o ato de agir: o correto seria se fizéssemos aquilo que desejássemos (desde que pudéssemos).

Assim, conflito intrapsíquico nada mais é, que nossa incoerência entre o que somos e o que demonstramos SER, agravado pelo treinamento “ser para o outro” em detrimento do “ser para si”.
Tudo isso mostra a importância do aprendizado do PRAZER (dar e receber), nos tornando estímulos constante de satisfação, recompensa e gratificação, para aqueles que se relacionam conosco. Sempre dar reforços positivos, numa constante motivação familiar, escolar, nos relacionamentos sociais e profissionais. A arte do sorriso, do bom humor, do positivismo na busca do que o outro tem de melhor, e abrindo coração, mente e alma para a crítica construtiva, para o respeito á autoridade, sem cair no risco do autoritarismo.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Polêmica a vista : a ciência afirma que fêmeas tem natureza cruel e são muito mais maldosas que os machos:

Coluna Eduardo Aquino para o Jornal Super Noticia do dia 14/03/2010

Será que os homens conseguem imaginar o que é T.P.M. (tensão pré-menstrual), engravidar, amamentar, ter menopausa?! Será que nós homens daríamos conta de ter que administrar a casa, os filhos, trabalhar fora, chegar em casa cansados, fazer exercícios escolares, e ainda ficar LINDA, SEXY, CHEIROSA e pronto para satisfazer o parceiro?! E se preocupar com celulite, corpo sarado, maquiagem, Ir ao salão estar disponível para sexo todo dia e toda hora que o homem quiser?!
Pois é .... Daí ficar fácil compreender que as fêmeas só aceitem machos durante o CIO e depois tem que morder, bater e manter à distância um bando de machos, sempre dispostos a espalhar seus espermatozóides e literalmente “devorar e deglutir” todas as fêmeas da espécie. Talvez seja isso, mulheres são hormonais, portanto instáveis, imprevisíveis quase “bipolares” com suas flutuações de humor, irritabilidade e sobretudo SOBRECARGA!!! Sim nos últimos 100 anos, a única novidade no mundo foi exatamente a REVOLUÇÃO FEMININA!
Nós, homens trogloditas, desnecessários – sim HOJE NEM ESPERMATOZÓIDE É NECESSÁRIO, afinal a clonagem só exige ÓVULO! No mais basta uma célula qualquer do corpo (pele, unha e qualquer outra) e no futuro, a clonagem eliminará de vez a necessidade de homens serem necessários a continuação da espécie, em outras palavras HOMENS ESTÃO EM EXTINÇÃO.
Pensando bem, sempre desconfiei o papo “lá em casa, eu canto de galo!”
No fundo na maior parte dos casos elas é que mandam e desmandam. Talvez pela natureza de falar muito a facilidade de fazer “barraco”, e com o fato de durante 150.000 anos, devido a questões ora evolutivas, ora culturais (como nos países orientais) ora por questões religiosas (islamismo radical).
O certo é que pela lei “quanto mais oprimida uma pessoa é, mais opressora ela se torna, quando conquistar o poder!” O certo é que nas Vara de Família, onde o amor doentio e possessivo, se torna um ódio implacável (Sim, a mulher tende a ser CRUEL em grande parte dos litígios que acompanhei, profissionalmente ou socialmente, e mesmo FILHO - algo que deveria ser sagrado para elas – muitas vezes se tornam mísseis” e “torpedos” contra pais, ora ausentes, desinteressados ou amedrontados e massacrados no DIREITO DE FAMÍLIA) em questão de dias, semanas ou meses. Sim a natureza feminina é sazonal; hormonal e TANTAS CONQUISTAS em apenas 100 anos (provavelmente as bisavós, nem imaginariam a velocidade com que o MUNDO SE TORNOU DELAS!) e preparem-se: Mulheres , estressadas, perigo a vista! E como nós fracassamos após 150.000 anos, e agora é irreversível: elas estão no comando!!! Seja nas chefias, nas escolas, na área de saúde,seja na família, empresas – embora ainda seja uma das últimas fronteiras sendo invadida por legiões de executivas e empresárias vaidosas, poderosas, inclementes, temidas e ávidas de PODER.
Vem ai o MATRIARCALISMO GLOBAL! E quem tem “nona” italiana já conhece esse filme: fujam enquanto é tempo!!!
E prestem atenção aos chineses!!! Pois sempre, foram invadidos e subjugados por outros povos – os ingleses terríveis colonizadores e sua “guerra com ópio no século XIX os mongóis séculos passados e os japoneses nas primeiras décadas do séc.XX, que invadiu, explorou, torturou e estuprou as chinesas – pois “quanto mais oprimido, um povo é ...”
Esse pouco tempo teremos saudades dos americanos “bobões” com seus filmes holiwodianos, seus cheesburguer e estilo de vida! Vem ai um mundo ocidental feminino e um mundo global dominado pelos chineses! Haja Karma!!!
Por fim: adoro as mulheres, tenho 3 filhas, mas ... é a ciência, não é mesmo?!!
Em tempo, aqui onde estou felicíssimo por estar implantando meus projetos: Procura (humanização melhoria diagnóstica, resolução dos problemas de saúde e qualificação dos profissionais de saúde, Postos Atenção Primária) o ECOLOGIA HUMANA NAS ESCOLAS – inserção da ciência do comportamento nas comunidades escolares públicas, na prevenção de drogas, sexualidade precoce DST (doenças sexualmente transmissíveis), prevenção a violência, valorização do educador e instrumentalizar pais, funcionários, na sagrada e dificílima arte de educar e ensinar! – aqui na tríplice fronteira (GO, MS. MT) de natureza exuberante e um pouco diversificado (sulistas, paulistas nordestinos, Goiás e nós poucos e valorizados mineiros) bonito e ávido de cultura, neurociências estou com um programa de rádio (que é transmitido para toda região) chamado BEM VINDO A VIDA. Caso queiram acompanhar o endereço é wwwverdevale103,7.com.br
Epilogo: Só de ser mulheres, todas elas deveriam ir direto para o CÉU! Mas, cuidado, se forem todas juntas, vira um Inferno danado!!! Pegadinha viu, viva o Dia Internacional da Mulher!!! O glorioso 8 de março!
PS: Querem ver este tema: Vejam um documentário da National Geografic chamado “FÊMEAS FATAIS” ou assistam ao filme “O anti-Cristo”.

domingo, 14 de março de 2010

Princípios Básicos sobre Comportamento Humano

Primeiramente, é fundamental resgatar princípios básicos sobre o comportamento humano – existem no cérebro humano e dos mamíferos duas áreas importantes e ações que os ativam:

1. Centro do prazer 2. Centro do desprazer
. Satisfação . Dor, sofrimento
. Gratificação . Culpa
. Sensação de recompensa . Medo de punição
. Reforço positivo . Obrigação e deveres
. Relaxamento . Reforço negativo
. Motivação


Isso explica a “domesticação” dos animais de circo: quando acertam “ordem” gratifica-se com o prazer do alimento, quando erram recebem chicotadas que produzem dor. Assim, naturalmente, a busca é pelo estímulo prazeroso. Mesmo que não percebamos, usamos sempre e automaticamente tal mecanismo, mas infelizmente cada vez menos, pais e escola têm tido tempo e sensibilidade para investir nos reforços positivos e se tornarem “atraentes” e motivantes para crianças e jovens.

Assim, existe a necessidade da punição como forma de frustração e estabelecimento de limites e territorialidade nas relações pais e filhos, aluno-educador. Mas o processo punitivo saudável deve seguir critérios nítidos, “negociados” previamente (e não no auge das discussões e “delitos”).

. A melhor forma de punir é retirar o prazer ( e não a dor do tapa ou beliscão);
. Nunca usar de ameaças ou chantagens;
. Linguagem da ação (atitude) e não a verbalização alta e irritada;
. Dar reforço positivo (P), antes de estabelecer a crítica (N) o elogio precede o
apontamento do erro) e a finalização da crítica com projeção positiva(P) –
P.N.P – positivo, negativo, positivo;
. “Elogios em público, crítica em particular” – ter sempre o “timing”, a hora
certa;
. Conciliar conteúdo e forma (saber exigir, ser firme, mas exercer a autoridade
de forma afetiva);
. Nunca voltar atrás depois de estabelecida a regra punitiva (evitando o morde
e sopra):
. Conversar e explicar de forma clara, tranqüila, amorosa (assertividade) o
motivo da punição e buscar algum gesto de carinho e atividade positiva ao
final do castigo, mas reforçando que toda vez que as normas negociadas
forem quebradas advirá nova punição.

Um dos exemplos mais notáveis sobre a necessidade punitiva ocorreu na África do Sul, onde os elefantes se reproduziram rapidamente, quando se criaram parques de proteção á espécie. A superpopulação levou a uma decisão dramática: transferir os mais jovens (adolescentes) para um parque mais ao norte do país. Quatro anos mais tarde o fenômeno – graves distúrbios de comportamento surgiram em bandos de elefantes: agressividade, ataques a membros do grupo, disputas por liderança, violência e desrespeito ao meio-ambiente. Biólogos contratados para analisar a situação, apontaram a falta de punição dos elefantes pais e adultos velhos, levaram a uma falta de limite e atitudes antinaturais. A decisão foi severa, pois era irreversível: foram eliminados, para preservação da fauna/flora.
Assim sendo, o processo educativo exige tempo, sabedoria, dedicação e principalmente o seguimento das leis naturais e evolutivas.

sábado, 13 de março de 2010

ESTABELECENDO LIMITES :Se, quando e como punir.



Uma das grandes controvérsias através dos tempos, com opiniões radicais a favor e contra, é o estabelecimento de limites ás crianças e jovens (filhos ou alunos) e como lidar com a punição, elemento essencial como instrumento educacional.
Historicamente, a punição foi usada em escolas, principalmente em internatos, e se baseava em castigos físicos, dor e sofrimento. Quem não se lembra das varinhas, ajoelhar no milho e outras formas usadas como “corretivo”. Isso resultou numa geração submissa ou revoltada, temerosa, cheia de culpas, medos, mas também com postura mais retilínea, formação moral rígida, religiosidade, dogmática, permeada por pecados e “mea culpa, mea máxima culpa”.
Em contrapartida, a partir dos anos 60 – 70, notou-se uma tendência liberalista, psicologicista, que propunha mais liberdade, menos censura, mais soltura e compreensão, incentivando o diálogo como forma de educar. Mais uma vez se percebe que a excessiva liberalidade resultou em abusos, perda de respeito á autoridade (pais ou educadores), atitudes egocêntricas, agressivas e autoritárias por parte de crianças e jovens. Isso muito se agrava nos anos 90 e nos dias atuais, com o advento da tecnologia, globalização e modus vivendi em grandes centros ou urbanização de cidades, criando a “síndrome da falta de tempo e individualismo” nas relações familiares, que apresentam baixa capacidade de comunicação interpessoal.

O certo é que existe um meio termo entre esses extremos, onde bom senso, maturidade e sabedoria são essenciais na educação dos jovens modernos.

ESTABELECENDO LIMITES :Se, quando e como punir.



Uma das grandes controvérsias através dos tempos, com opiniões radicais a favor e contra, é o estabelecimento de limites ás crianças e jovens (filhos ou alunos) e como lidar com a punição, elemento essencial como instrumento educacional.
Historicamente, a punição foi usada em escolas, principalmente em internatos, e se baseava em castigos físicos, dor e sofrimento. Quem não se lembra das varinhas, ajoelhar no milho e outras formas usadas como “corretivo”. Isso resultou numa geração submissa ou revoltada, temerosa, cheia de culpas, medos, mas também com postura mais retilínea, formação moral rígida, religiosidade, dogmática, permeada por pecados e “mea culpa, mea máxima culpa”.
Em contrapartida, a partir dos anos 60 – 70, notou-se uma tendência liberalista, psicologicista, que propunha mais liberdade, menos censura, mais soltura e compreensão, incentivando o diálogo como forma de educar. Mais uma vez se percebe que a excessiva liberalidade resultou em abusos, perda de respeito á autoridade (pais ou educadores), atitudes egocêntricas, agressivas e autoritárias por parte de crianças e jovens. Isso muito se agrava nos anos 90 e nos dias atuais, com o advento da tecnologia, globalização e modus vivendi em grandes centros ou urbanização de cidades, criando a “síndrome da falta de tempo e individualismo” nas relações familiares, que apresentam baixa capacidade de comunicação interpessoal.

O certo é que existe um meio termo entre esses extremos, onde bom senso, maturidade e sabedoria são essenciais na educação dos jovens modernos.

sexta-feira, 12 de março de 2010

PEQUENA TABELA COMPARATIVA DO PADRÃO DE COMPORTAMENTO ENTRE MENINOS E MENINAS :(CAPÍTULO X DO LIVRO)

MASCULINO FEMININO
. Impulsivos . Mais afetivas
. Compulsivos . Maior maturidade e proporcionalmente maior
dedicação e interesse escolar
. Agressivos . Maior resistência
. Inquietos . Maior capacidade de concentração e
atenção voluntária
. Baixa concentração e perseverança
na atenção voluntária . Muita competitividade entre elas
. Grande desejo, libido e
ansiedade sexual . Avanço na área comportamental,
mas “deseducando” os meninos
. Dispersão . Sedução
. Muita força, pouca resistência
. Mais tímidos e envolvidos com bebidas e drogas

O certo é que, cada vez é mais nítido, os conflitos e jogos entre meninos e meninas, e com excesso de informação (TV, internet, meios de comunicação em geral) levaram a um processo de precocidade de atividades sexuais, mas com muita confusão e contradição, gerando uma juventude pouco sábia, desorientada sobre temas como escolha profissional, relação interpessoal, drogas, sexualidade, relação pais e filhos, aluno – escola.
Para exemplificar: na Inglaterra estudos mostraram que um menino presta atenção em média 5 – 8 minutos a cada aula de cinqüenta minutos, enquanto as meninas conseguem até 25 – 30 minutos. Isso levou a uma pequena mudança bem sucedida: intercalou, um menino, uma menina, nas carteiras escolares com aumento do aproveitamento e rendimento dos alunos.
A criatividade, o entendimento de características psicológicas entre sexos, bem como leituras sobre comportamento são indispensáveis para o educador moderno.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Atitudes erradas do educador diante do líder negativo:


. Autoritarismo;
. Duelar;
. Criticar em público;
. Ameaçar, gritar.
. Submeter, demonstrar temor;
. Chorar, chantagem emocional, auto piedade.
. Apelar, reagir ás provocações.

São algumas das reações insatisfatórias. Saber “diagnosticar” o tipo de líder (se psicopata, drogadito, fornecedor de drogas, bad boy), é o primeiro passo para se direcionar as ações, bem como ler e praticar o comportamento assertivo, será de extrema valia na rotina da escola.


AS DIFERENTES “TRIBOS”
Com todo agrupamento humano, a sala de aula é um universo que é habitado por diferentes mundos, ou ainda uma nação de diversas “tribos”: os estudiosos (“cdfs), os tímidos, os bagunceiros, os esportistas, as meninas desejadas e musas, os viciados em TV e games, os notívagos festeiros, os drogaditos.

É típico das espécies, agrupar-se por similaridade de interesses, defesa de interesses e proteção entre os que se assemelham. Seguir liderança e defender espaço são características ontológicas. O problema começa quando surgem rivalidades e atritos que podem envolver agressividades, disputas, com conseqüente prejuízo do aproveitamento escolar, ambiente pesado.
A busca das atividades lúdicas, conversas terapêuticas onde se melhore a comunicação interpessoal, aprendizado, falar e ouvir respeitando as diferenças, jogos do tipo operativo ou cooperativo podem ser cruciais durante ano letivo. Um educador-terapêutico deve treinar, ler e saber jogos operativos/cooperativos como instrumento fundamental, nos tempos atuais e futuros.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Por que de repente “bate” um baixo-astral, uma tristeza, sem nenhum motivo aparente? O que fazer para tirar pensamentos negativos e tristes da cabeça!


A tristeza, o baixo-astral são sentimentos inerentes ao ser humano, ao mamífero em geral, que tem sistema de afeto ou límbico, ficando sujeito a tristezas. Em nós, seres humanos, a tristeza pode vir nos momentos em que experimentamos perdas, fracassos e frustrações, diante de situações existenciais difíceis, e vamos tendo aquela sensação de perda do elã vital, de desanimo, de impotência, de falta de energia vital. Sensação de menos valia, de desesperança. Normalmente, tais pensamentos costumam desaparecer à medida que a pessoa se recupera da situação. Existem pessoas naturalmente negativistas É uma questão de temperamento.
Para tirar os pensamentos negativos da cabeça, é bom partilhar o baixo-astral com familiares e amigos. Se o desabafo não for suficiente, será necessário procurar ajuda com alguém que possa distinguir uma tristeza ocasional de uma depressão, que exige tratamento médico e psicológico.

Quando a tristeza e o baixo-astral vêm sem motivo aparente, deve-se investigar a possibilidade de ser uma alteração mais profunda.
Nós, neurocientistas que pesquisamos o cérebro humano, sabemos que um erro do funcionamento cerebral pode ser um dos motivos que levam à tristeza e ao negativismo sem causa, que seria uma depressão maior ou uma distimia. Os processos de depressão endógena ou maior, ou de distimias, que são depressões mais leves, devem-se a alterações de substancias químicas chamadas neurotransmissores cerebrais. Uma dessas substancias é a serotonina.
Hoje em dia, associam-se diversos quadros depressivos, as tristezas patológicas, a uma causa biológica. Esses quadros, que antigamente se manifestavam depois dos 20, 30, 50 anos de idade, atualmente têm surgido em crianças, adolescentes e pré-adolescentes.

O excesso de mau humor pode trazer algum malefício? E o excesso de bom humor?



Uma pergunta interessante. O excesso de mau humor pode trazer muitos malefícios. A pessoa mal-humorada é alguém que nega a vida, os prazeres, tudo aquilo que o meio ambiente, o meio social e o meio afetivo podem propiciar-lhe. O mal-humorado é um selecionador de fatos ruins. Normalmente, esse mau humor leva a dificuldade às relações familiares, sociais, afetivas e profissionais. Essa pessoa tem grande dificuldade de co-habitação e, por causa do mau humor, muitas vezes tenta punir as pessoas que a rodeiam pelo estabelecimento de um ambiente desprazeroso, mediante posturas agressivas, impulsivas. No fundo, a única pessoas prejudicada pelo mau humor é o mal-humorado, porque, para ele, nada na vida tem graça, cor, luz e vibração. O pior malefício é que essa pessoa será cronicamente infeliz.
Quando o mau humor é proveniente de doenças, como a depressão, por exemplo, pode ser tratado e curado; mas, se o mau humor for próprio da personalidade e do temperamento, essa pessoa terá uma série de dificuldades pela vida afora.
Já o bom humor é sempre bem-vindo. O excesso de bom humor só prejudica as pessoas que têm dificuldade de perceber que, em certos ambientes, nem sempre pode

Capítulo III:2ª Dimensão: CÉREBRO



Fantástico esse computador biológico da vida que registra e detém todos os mistérios e segredos da matéria e da energia humana! É ele que processa informações continuamente, gera a energia que vira consciência, organiza e disciplina todos os órgãos, cada célula, cada molécula, cada sensação captada pelos cinco órgãos do sentido. Registra e armazena, sob forma de memória, todas as nossas experiências, pensamentos e emoções. Nunca erra a resposta a cada estímulo – a menos que tenha lesões e perda de suas células, os neurônios.
Mas que pena! Pode ser ludibriado pela energia da mente e do psiquismo que, pensando errado, imaginando errado, sentindo angústia ou agindo de forma inadequada, sobrecarrega as neurotransmissões Elétricas e químicas. E o cérebro responde a isso com o stress da sobrecarga ou da hiperfunção. Então, prepare-se. Haverá conseqüências físicas e sintomas corporais devido à exaustão do cérebro, que tem de ficar de “plantão”, em função do stress imaginário e dos perigos irreais criados pela mente. E também por problemas psíquicos, como depressão, síndrome do pânico e fobias.
Esse órgão divino e em constante desenvolvimento não pára de evoluir e sofisticar-se. Adora relaxamento, prazer rítmico: hora certa de dormir, comer, acordar, descansar e exercício físico diário. E, em conseqüência, produz um ópio natural anti-stress, a betaendorfina.
O cérebro envia normas de funcionamento a todos os órgãos e busca o nosso equilíbrio físico e psicológico. Regula o corpo e, num trabalho incansável, transforma as moléculas dos alimentos em energia mental, sob forma de inteligência, sentimentos, força de vontade – pensar, sentir e agir. É um órgão transmutador, uma usina que transforma matéria em energia e cuida do corpo e da alma.
O cérebro, por incrível que pareça, trabalha de forma extremamente simples: através de transmissão elétrica e química, funciona em base binária – 0 (zero) e 1(um). Daí a analogia com o computador.

Por exemplo: existe um sistema de regulação de peso através de uma substancia chamada ponderostato, que ativa ou desativa dois centros. O primeiro é o centro da FOME (chamaremos “zero”), e o outro o centro da SACIEDADE (chamaremos “um”). Assim, há uma constante alternância 0-1-0-1 ..., que depende da necessidade ou não de ingerir alimentos.
O funcionamento do cérebro tem feito os cientistas se digladiarem, imaginando se, no futuro,a inteligência artificial (os computadores) substituirá a inteligência natural (cérebro-mente). Quanto a mim, defensor das leis naturais e divinas em oposição às leis artificiais do “modernismo”, nem preciso dizer o que penso, não é mesmo?
Fico apenas admirando esse órgão fantástico, seus bilhões de neurônios, seus trilhões de conexões, sua sabedoria em dirigir órgãos e moléculas, tentando nos dar condições de sobrevivência e o máximo de equilíbrio nesses milhões de anos em que habitamos a Terra.
Comove-me saber que nos animais sempre existiu esse computador da vida e, quanto mais se evolui na escala zoológica, mais complexo e instigante se torna esse órgão. Assim, nos mamíferos e, principalmente, nos primatas símios, temos uma semelhança genética de 98,6%. O cérebro é tão semelhante que tudo que já foi dito aqui vale para qualquer chimpanzé, com exceção da energia do pensamento, uma exclusividade dos seres humanos. Uma exclusividade que significa para nós um grande desafio. Bem usada, a energia de pensar nos leva a Deus. Mal usada, é a maior fonte de doenças, guerras, crises, injustiças e sofrimentos.

terça-feira, 9 de março de 2010

Que conselhos você daria para quem é fechado e esconde os sentimentos?



A inibição afetiva é uma falta de harmonia; pode acontecer tanto no homem quanto na mulher, e também em qualquer idade: quando crianças, adolescentes, adultos e idosos.
A inibição tem diversas raízes, de acordo com a tendência pessoal, que faz parte do temperamento e da personalidade. Existem pessoas mais abertas e comunicativas. Outras são fechadas, inibidas, menos sociáveis. O meio ambiente também pode interferir. Uma família de pessoas muito fechadas, racionais, caladas e retraídas impede o desenvolvimento da manifestação afetiva. Ambientes onde as pessoas aprendem a comunicar-se, a tocar-se, acariciar-se, conversar e partilhar, favorecem quem não tem vergonha de ser o que é, quem não tem vergonha de errar. Podemos perceber que a pessoa mais fechada é, em geral, alguém que não gosta de errar, de expor suas opiniões, por temer a critica e o julgamento alheio.
Uma das piores prisões é a inibição afetiva. Toda pessoa inibida guarda para si própria sua experiência e vivencia. É necessário que o tímido, o medroso social, aquele que teme expor-se em publico aprenda, ao invés de fugir ou evitar essa exposição, a enfrentar o medo. A pessoa fechada e inibida não se deixa conhecer, questionar, ajudar, como também não se propõe a ajudar, ficando ilhada em si mesma. Ela pode até pensar, sentir e agir, mas se não aprender a viver a relação com o outro, vai estar sempre imperfeita, inadequada socialmente.
Os homens são educados para ser racionais e ter grande capacidade de ação. Os “ditos” simplistas que existiam na época de nossos pais e avós, do tipo “homem não chora”, “homem não sente”, “tem de ser machão, vigoroso e forte”, são uma grande bobagem. O homem tem de chorar, sentir, engravidar junto com a mulher. Tem de ter a força e a coragem de ser também um ser afetivo, de aprender a dar as mãos e beijar filhos e a esposa.
Hoje, existe uma série de técnicas pedagógicas e psicoterapêuticas para a pessoas inibida, com fobia social, seja por temperamentos ou em função do ambiente. Não há timidez ou inibição sem solução.

segunda-feira, 8 de março de 2010

O FIM DO MUNDO: CRIAMOS AS TECNOLOGIAS PARA NOS AJUDAR, MAS ELAS NOS ADOECEM E MATAM

Coluna Eduardo Aquino – Jornal Super Noticia do dia 07/03/2010.


Alguém parou para pensar que há quase 200 anos iniciou-se uma REVOLUÇÃO INDUSTRIAL e que o grande objetivo dela era produzir máquinas que substituíssem os homens em tarefas menos nobres, perigosas e que permitiriam aos seres humanos TER MAIS TEMPO ÚTIL PARA TAREFAS MAIS NOBRES!?!? Sim, com as máquinas substituindo a escravidão, as péssimas condições de trabalho das primeiras indústrias na Inglaterra em que meninos, mulheres, homens trabalhavam 18, 20 horas por dia, em meio a poeira de carvão, fornos infernalmente quentes e acidentes de trabalho eram a regra e não a exceção e a expectativa de vida dos trabalhadores não ultrapassava os 20 e poucos anos. SEM DÚVIDA, BEM-VINDO AS MÁQUINAS!!! A tecnologia, para que tivéssemos tempo para AMAR, viver em família, usufruir da natureza, TER "QUALIDADE DE VIDA" e assim fazer o que DEUS nos deu como distinção dos outros animais: sermos SERES PENSANTES!!! Elevar nossos pensamentos, sentimentos, lógica, inteligência para que conseguíssemos atingir estados de paz de espírito, investirmos nosso tempo para ir decifrando cada mistério do universo que existe dentro e fora de cada um de nós através da observação da natureza; adquirindo SABEDORIA, fruto da curiosidade e experimentação (tentar e errar, tentar e acertar) e assim decifrar todos os fenômenos que nos rodeia, ou que estão guardados em cada célula, em cada órgão, e especialmente NO GRANDE COMPUTADOR DIVINO que é o CÉREBRO. Este sim, uma máquina biológica perfeita a comandar cada célula, cada órgão, nossos hormônios, habilidades, emoções, regulando o estresse, buscando sinalizar aos seus donos que de tanto FORÇARMOS a mente com pensações disparadas, sofrimentos antecipatórios, preocupações desnecessárias ELE SERÁ ESCRAVO DA MENTE HIPERATIVA E ESTRESSADA e procurará disparar sintomas físicos diversos, como exames e cirurgias desnecessárias, até que médicos (que não têm Mentômetro ou Almômetro - para medir a energia psíquica da mente e a energia de Fé da alma) aprendam a ver o ser humano não apenas como corpo e matéria, mas um ser que tem emoções, pensamentos, força de vontade, além de uma energia transcendente de Fé!.

Mas deu tudo errado!!! Hoje escravos de celulares, preso às telas, viciados em TV, game, internet, nos escravizamos e trancados atrás de muros, espremidos em ônibus, morrendo de medo de tudo, que as mídias nos apavora com tanta notícia de violência, corrupção, monstruosidades, que rapidamente sentados frente a máquinas, vemos horrorizados nos YOU TUBES e ORKUTS da vida. E o pior: todo mundo reclamando da "falta de tempo!!!" E eu pergunto, quanto tempo passa em frente à TV, games, celulares, Internet? E quanto tempo dedica a atividades externas, prazerosas, para conversar com filhos, contar histórias, divertir numa caminhada ecológica, namorando, amando? E todo mundo queixando do trabalho, da corja, dos políticos, da vida... Carentes de um "cafuné de alma", de afeto e carinho! É triste, mas o título da coluna é cada dia mais verdadeiro: TEMOS QUE REAPRENDER A VIVER!!!

Homenagem
Entre os muitos e-mails que recebo, muito me gratifica os que falam que essa coluna tem sido debatida em escolas, repartições, ambiente de trabalho. Mas uma professora, Gioconda Bianca, da Escola Municipal Constancia da Silva Moreira, em Igarapé, FAZ UM TRABALHO MUITO INTERESSANTE com seus alunos de 10 a 13 anos, da 5ª série, no bairro São Francisco. A diretora chama-se Ângela Aguiar e, segundo a professora Gioconda, a coluna é um conteúdo que ela trabalha com seus alunos sempre. Esta aí Gioconda e todos alunos da 5ª série da E.M.C.S.M: é com cultura, fé, perseverança que vocês se tornarão cidadãos de um novo mundo! Com carinho, Eduardo Aquino.

Faça contato pelo blog www.eduardoandradeaquino.blogspot.com e também no Twitter: www.twitter.com/eduardoaaquino.

domingo, 7 de março de 2010

HIPERATIVIDADE INFANTIL COM DÉFICIT ATENCIONAL


Com o padrão de excitação e agitação tem sido generalizado, é importante destacar o quadro mais grave e mais difícil para pais e escolas.
A hiperatividade infantil ou déficit primário de atenção voluntária, é um quadro extremo caracterizado por:
. Incapacidade da criança em permanecer parada ou obedecer a comando verbal;
. Atenção involuntária exagerada (excesso de respostas a estímulos do meio ambiente), em detrimento da atenção voluntária – que depende da vontade – de fixar um estímulo, mantendo a concentração naquela tarefa específica (estudo, alimentação, TV e outros);
. Alteração de sono (demoram para dormir, sono curto, agitado);
. Troca constante de tarefas, ações (mexe em tudo, não fixa em nada);
. Grande habilidade psico-motora;
. Falta de percepção de perigo (constantes machucados, fraturas, quebra de objetos).
. Irritabilidade, não aceita contenção;
. Agressividade;
. Alta ansiedade em explorar o ambiente;
. Atritos e dificuldade de socialização;
. Facilidade para espacialidade, matéria abstratas (matemática, física, química);
. Dificuldade para matérias analíticas (português, história geografia, inglês, ciências).
. Baixo aproveitamento escolar, embora com grande capacidade intelectiva.

Tais quadros exigem tratamento médico e são muito associados com síndromes depressivas – ansiosas.

sábado, 6 de março de 2010

F.12.0 – INTOXICAÇÃO AGUDA DECORRENTE DO USO DE CARNABIÓIDE



A. Os critérios gerais para intoxicação aguda (Flx.0) devem ser satisfeitos.
B . Deve haver disfunção de comportamento ou anormalidades perceptivas, incluindo pelo menos um dos seguintes:

1) Euforia ou desinibição
2) Ansiedade ou agitação
3) Desconfiança ou ideação paranóide
4) Lentificação do tempo (uma sensação de que o tempo está passando muito lentamente ou a pessoa está experimentando um rápido fluxo de idéias)
5) Capacidade de julgamento comprometida
6) Comprometimento da atenção
7) Ilusões auditivas, visuais ou táteis
8) Alucinações com orientação preservada
9) Despersonalização
10) Desrealização
11) Interferência com o funcionamento pessoal.

C. Pelo menos um dos seguintes sinais está presente:

1) Aumento do apetite
2) Boca seca
3) Hiperemia conjuntival
4) Taquicardia

F.10.0 – INTOXICAÇÃO AGUDA DECORRENTE DO USO DE COCAÍNA

A . Os critérios gerais para intoxicação aguda (FLx.0) devem ser satisfeitos.

B. Deve haver disfunção de comportamento ou anormalidades perceptivas, evidenciadas pelo menos por um dos seguintes:

1) Euforia e sensação de energia aumentada
2) Hipervigilância
3) Crenças ou ações grandiosas
4) Ofensa ou agressão
5) Querelândia (falar sem parar)
6) Labilidade de humor (altos e baixos)
7) Comportamentos estereotipados repetitivos
8) Ilusões auditivas, visuais ou táteis
9) Alucinações, usualmente com orientação preservada
10) Ideação paranóide (mania de perseguição)
11) Interferência com o funcionamento pessoal

C. Pelo menos dois dos seguintes sinais estão presentes:
1) Taquicardia (ás vezes bradicardia)
2) Arritmias cardíacas
3) Hipertensão (ás vezes hipotensão)
4) Sudorese e calafrios
5) Náuseas ou vômitos
6) Evidência de perda de peso
7) Dilatação pupilar
8) Agitação psicomotora (ás vezes, retardo)
9) Fraqueza muscular
10) Dor torácica
11) Convulsões.

Um resumo da ação das drogas sobre o psiquismo, a partir das alterações produzidas na química cerebral.





sexta-feira, 5 de março de 2010

SENTIMENTOS QUE LIMITAM A VIDA DE TODOS NÓS: VAIDADE, INVEJA E CIÚME


Coluna Eduardo Aquino – Jornal Super Notícia do dia 28/02/2010.

Não adianta virar a página e fingir que este tema da coluna de hoje não tem nada a ver com você! Ninguém, mas ninguém mesmo é imune a tais sentimentos que são inerentes a todo ser humano.
Em grau maior ou menor, de forma doentia, imatura ou até camuflada nos "falsos modestos e humildes" - e aqui lembro meu velho e saudoso pai Dilson Aquino, do qual me orgulho por ter sido um mestre do direito e dos raros advogados humanos e corretos por isso morreu sem posses, que dizia: "A falsa modéstia nada mais é que o requinte da vaidade!" - o certo é que todos os dias esses sentimentos e pecados diabólicos entram na nossa mente e alma, assim como a poeira sempre passa por portas e janelas por mais fechadas que estejam!
Solução há: pegue a "vassoura da humildade" e tal qual uma empregada doméstica que pacientemente arruma todo dia a casa que os donos irão bagunçar, varra TODOS OS DIAS as suas três moradas sagradas: o coração, a mente e a alma. E tire essa poluição que intoxica o amor, a amizade, o casamento e namoros, e até relações entre irmão, pais e filhos, colegas de trabalho, sócios em empresas.
A FÍSICA QUÂNTICA PROVA: "PENSAR EQUIVALE A AGIR". Assim, o ódio, o rancor, o ressentimento, a raiva e, principalmente, a Inveja, ciúme e a VAIDADE (que é conhecido como "olho gordo") SÓ FAZ MAL A QUEM SENTE!!! Cada vez que se relembra de fatos passados se recria um fato já acontecido como, por exemplo, uma traição imaginária (típica dos ciumentos que ao não conseguir falar no celular do parceiro FAZ UM FILME MENTAL em que ela é traída, "chifrada"); se remexe nas situações que despertaram toda a nossa IRA, ÓDIO, o coitado do cérebro que só processa as imagens mentais faz disparar o coração, aperta o peito, tira o sono, dá mau humor, emburramento, agressividade que vão adoecendo corpo, mente e alma e essa "masoquista" e imatura pessoa é vítima de si mesma!!! Tem uma existência pesada, "anda de costas para a vida" remexendo um passado imutável, horroroso, cheio de infelicidades, baixa auto-estima, enfim, UMA PESSOA AMARGA, RECLAMADORA, CHATA! Bem, enquanto isso o "outro", seu "ex" (namorado, esposo, sócio, amigo, colega, irmão) está livre leve e solto, indo à praia, namorando, curtindo a vida!!!
Então, quem sabe você consiga parar de caminhar "de costas", remoendo o passado terrível, e vire para frente onde um belo horizonte o espera cheio de luz, pôr-do-sol, mata, gente interessante, prazeres e alegrias!!!
Dica: Perdão é o passaporte para reconquistar o prazer, a fé, a serenidade a paz de espírito!

quinta-feira, 4 de março de 2010

CAPÍTULO VII:SÍNDROME DA “FAMÍLIA QUE BRIGA UNIDA JAMAIS SERÁ AMIGA”

ou: Como se tornar estranho, num mesmo ninho genético.
(texto extraído do Diário de Cristiane, 13 anos, habitante de uma grande cidade).

Caro Diário:

Hoje tivemos finalmente a festa da família no colégio. O tema foi lindo, “Um tempo para amar”. Falava de como andamos sem tempo para relacionar em família.

Sabe, amigo Diário, eu ensaiei um pás-de-deux lindo. Papai chegou atrasado mais uma vez e nem me viu, mas garantiu que vai ver a fita (duvi-d-o-dó). Ele estava mal-humorado pois a festa foi domingo, na hora do jogo do Palmeiras. Foi uma tristeza: a mamãe brigou com ele e foi uma baixaria. Ela estava emburrada, disse que era o papai. Sabe, eu já sei. Ela tava era sem graça com as mães de meus colegas. Engordou 8 quilos e foi à festa de Training! Coitada, deve estar estressada de tanto gritar comigo (esse vício de ficar no telefone que a gente tem ... E eles nem sabem que a gente fala melhor, pois quando encontra, vem aquela “sem-graceza”) e também com o Léo – aliás aquele pestinha anda mesmo impossível: assou o pintinho (animal) do zelador no microondas, esvaziou o peru do vizinho do 304. Está de castigo – bem feito! 20 dias sem o vídeo-game. Está fazendo greve de fome, mas eu já vi ele roubando a comida da empregada. Acho que o stress da mamãe é esse, além de tanta correria na semana – shiatsu, cabeleireiro, massagem, tapeçaria, seicho no le, obra de caridade, etc..
É meu Diário, é duro ser mãe! Chego em casa, ela está estatelada e gritando “ fecha a porta”, “abaixa a TV”, “eu não suporto vocês nessa casa de loucos”. Ainda bem que ela descansa no fim da semana, vê 3 fitas e chora com os filmes. No domingo vê Faustão e namoro na TV do Sílvio. Papai: esse eu nunca vejo, trabalha, trabalha (mas quando ligo, não está no escritório). Quando chega em casa, lê 3 jornais e depois assiste ao jornal do SBT, o jornal Nacional e da Manchete. Anda muito calado e toda vez que mamãe grita e o Léo apronta, ele diz “Deus, o que fiz para merecer isso?”. Eu tento falar com ele, mas ele só diz “Hum , hum, hum” ou então “Filha, depois do jogo na TV e os jornais. Tem uma semana que eu quero mostrar o boletim: fui a primeira aluna e só tirei A! Mas não quero amolar papai, eu vi ele dizendo que está “hiperarrasado” pois perdeu uma grana na bolsa!
Nossa, vida de adulto é um saco! Há anos não vejo papai e mamãe sorrindo, se beijando ou abraçando. Tem hora que dá medo crescer. Bolsa de valores, massagens, filho para atormentar – ainda mais um capetinha como o Léo – além de IPTU, IPVA, Receita Federal, imposto disso, daquilo, condomínio, prestação, mensalidade escolar e ainda por cima “festa na escola” ... – Que pena, esse ano a festa da família foi tão bonita. Teve até pai e mãe que fizeram teatro pra nós (por que será que todo pai e mãe legais são sempre os dos outros colegas?).
Querido Diário, ainda bem que você existe, senão eu ficava louca, sem ninguém para conversar!
Ah, já ia esquecendo: tentei colocar a fita hoje a tarde, mas o papai me cortou: “Ô filha, logo hoje que tem Palmeiras e Bragantino” deve ser time bom : papai trocou meu pas-de-deux por ele ... Fazer o quê? Já sei: sonhar, sonhar com meu príncipe encantado, que vai subir no meu castelo pelas minhas tranças e me libertar dessa “prisão domiciliar, me fará feliz, teremos 6 filhos e viveremos felizes para sempre (Que Deus não me dê um filho como essa praga do meu irmão Léo...).
Diário amigo, vou dormir, pois já são 22:27 hs e amanhã tem escola e quero ver o que minhas amigas acharam do meu balé. Essa festa “Um tempo para amar” foi linda! E, afinal, 13 anos só se tem uma vez na vida!
Cristiane, 20/06/96

Tempo de amar, de curtir ... Ai, papai, mamãe e irmãozinhos: quanto tempo vocês dedicam para a família? Curte um Bragantino da vida? E a última fita de vídeo-game: Mortal Kombat? Quantos jornais já leu ou assistiu hoje? Novidades? Guerra no Oriente, crime no Rio, trânsito em São Paulo, desemprego? FHC, ACM, Maluf, Lula, Zagalo? É ... grandes novidades!
Enquanto isso ... em Gotham City ...

Há coisa mais antiga que família? Avós, tios, pai, mãe, filhos, irmãos, primos, domingos de ajantarado, natais cada vez mais indigestos e eletrônicos. Parabéns para vocês! Sim, pois com toda crise, separações, desemprego, gravidez precoce, brigas, tapas e beijos, mesmo assim família sempre foi, é e continuará sendo, a base da sociedade. Aliás, quanto pior a família, pior vai a sociedade. É ali, no meio da macarronada de domingo, da ressaca de 2ª feira e das aflições dos fins de semana (filhos soltos, pais de plantão), é bem ali que teremos que aprender a conviver com irmãos tão diferentes, (irmão é sempre um saco, toda vez que constatamos que o espermatozóide do papai e o óvulo da mamãe são de geração e códigos diferentes dos meus – defeito de série – a marca é igual, mas o modelo é diferente, sabe?. Pois somos “filhos de chocadeira” – pai sem tempo, ganhando o pão e viciado em jornais e internets, mães impacientes com filhos cada vez mais agitados e agressivos, além de trabalhar fora, dentro de casa e dentro do quarto (quando dá e se é que dá ... tempo).
Família! Sim, é onde você se asila quando separa, é para lá que foge quando dá tudo errado,é ela que te acolhe no desespero, te agüenta na fossa, e ainda se preocupa com você. Família, que cisma em existir, mesmo quando te iludem dizendo que seu micromultimidia resolve tudo! Sai dessa, computador não faz carinho, nem tem alma ou pulsa coração. Mas vamos voltar ao be-a-bá: estamos carentes de tempo para nos relacionar. Comece em casa, plante afeto e colha amor, seja eterno no coração dos seus.
Quer resgatar um “tempo para a família”? Oriente-se no final e reencontre o caminho, em meio a tanta falência de casamentos, desunião familiar, dificuldades nas relações de pais e filhos ... E lembre-se: o outro é a comprovação de minha existência.


Livro Eduardo Aquino: PEQUENO MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA NA SELVA DAS GRANDES e também médias e pequenas CIDADES (4ª edição – Belo Horizonte/2000).

quarta-feira, 3 de março de 2010

4. SÍNDROMES COMPORTAMENTAIS ASSOCIADAS A PERTUBAÇÕES FISIOLÓGICAS E FATORES FÍSICOS (F60-F.69)


Destacam-se aqui os itens:

4.1. Transtornos alimentares:
Cada vez mais comuns, principalmente entre crianças e jovens.

4.1.1. Anorexia nervosa: grave quadro de aversão a alimentos (comuns após regimes severos), ausência de apetite e de prazer ao alimentar-se e grande perda de peso e delírio estético corporal (acham que ainda necessitam emagrecer). É uma síndrome séria, que pode levar á morte por inanição.

4.1.2. Bulimia nervosa: alimentam-se com sentimento de culpa e forçam o vômito para eliminar as calorias ingeridas.
4.1.3. Hiperfagia (obesidade ansiosa): alimentação exagerada, desproporcional, compulsiva, associada a um alto grau de ansiedade.

4.2. Disfunção de sono:
Insônia, hipersônia (exagero), temor noturno, pesadelos, alteração das fases do sono.

4.3. Disfunção da sexualidade:
Vai desde a falta de apetite sexual (ausência de libido) á aversão/antipatia, á falta de orgasmo, á ejaculação precoce, até o excesso de apetite (impulsividade), vaginismo (dor no ato sexual).

4. TRANSTORNO DE PERSONALIDADE E DE COMPORTAMENTO EM ADULTOS

Neste item, vale frisar que personalidade – temperamento ou natureza – é característica inata. Já nasce com as pessoas. Por isso, psicoterapia ou medicamentos não surtem o efeito desejado e os resultados de uma abordagem médica, farmacológica, ou psicoterapêutica têm suas limitações. Exemplos mais comuns:
. Paranóia (sentir-se perseguido).
. Sociopatia: postura marginal. Não seguem normas nem leis, “aprontam a vida inteira” na escola, na família, na sociedade; ineducáveis, frios, não sentem culpa e lesam qualquer pessoa, até os próprios familiares.
. Impulsivo (até á agressividade).
. Dependente
. Evitadores: fogem de qualquer contato com os outros.
. Jogadores compulsivos (jogos de azar), cleptomaníacos (roubo), piromaníacos (incendiadores), entre outros.
. Transtornos sexuais (fetichismo, exibicionismo, sadomasoquismo, pedofilia) e outros.
. Opção sexual: (homossexualismo, bissexualidade) e outros.
. Simulação de doenças, entre outros expedientes em proveito próprio, como afastamento do trabalho.

terça-feira, 2 de março de 2010

Ao menos seis dos seguintes sintomas estão presentes no ansioso:

3.4.1. Tensão motora
. Tremor, abalos ou sensação de balanço;
. Tensão, dores ou edemaciamento musculares;
. Inquietação;
. Fadiga fácil.

3.4.2. Hiperatividade
. Fôlego curto ou sensação de asfixia;
. Palpitação ou aceleração do ritmo cardíaco;
. Sudorese ou mãos frias e úmidas;
. Boca seca;
. Vertigem ou sensação de cabeça leve;
. Náusea, diarréia ou desconforto abdominal;
. Ondas de calor ou calafrios;
. Micção freqüente;
. Dificuldade de deglutir ou “nó na garganta”.

3.4.3. Vigília e perscrutação
. Sentir-se incitado ou impaciente;
. Resposta de sobressalto exagerada.
. Dificuldade de concentração ou mente em branco por causa da ansiedade;
. Irritabilidade;
. Dificuldade em adormecer ou permanecer dormindo.

segunda-feira, 1 de março de 2010

TESTAMENTO DE UM PAI PÁSSARO AOS FILHOTES QUE VOAM:

“Sendo a natureza, uma mãe generosa que nos ensina lições de profunda sabedoria e respeito ás leis divinas, me vi um dia lendo sobre os pais pássaros. Com extremo zelo, carinho e dedicação constroem seus ninhos o mais forte e seguros possível, com gravetos vindos de impensável distância. Ali chocam seus filhotes e uma vez nascidos, zelam por sua segurança enfrentando predadores terríveis, e os alimenta com o produto que guardam em seus próprios bicos e transferem para o bico dos filhotes, permitindo a esses crescerem e se fortificarem, preparando-os para a vida. Um dia, já pássaros garbosos e preparados, cabe exatamente ao PAI PÁSSARO, tomar uma atitude drástica: virar os próprios ninhos!!! Os filhotes que voarem finalmente libertos para ganhar o céu infinito, estão aptos para lutarem pela própria sobrevivência e futuramente construírem seus próprios ninhos. Uns poucos incapazes de voar – o que é a índole e essência da vida de um pássaro – despencarão tragicamente pelos desfiladeiros e abismos que a vida tem, e dentro da lei do merecimento que a natureza dita, morrerão por incapacidade de lutar, pela própria sobrevivência. É duro, triste, mas NATURAL e JUSTO!!!”

REFLEXÕES



1- Tristeza é um sentimento inerente ao mamífero em geral (cães, animais de zoológico apresentam este estado de humor) e em especial ao ser humano e muitas vezes ocorre em conseqüência a luto, perdão, fracassos afetivos, insucesso ou frustração de expectativas. Muitas vezes é necessário e pode até ser produtivo tanto numa auto reflexão, quanto produção artística, reinício ou mudanças existenciais. Tende a abrandar-se ou desaparecer com o tempo.

2- O individualismo, a falta de tempo, o vicio eletrônico, a carência afetiva, a solidão são indubitavelmente graves transtornos de uma sociedade globalizada, tecnológica, competitiva e infeliz afetivamente. Mas é a disposição de cada um de nós que deve agir no sentido de resgatar as relações afetivas e sociais perdidas.

3- Eu sempre afirmo que relacionamento é troca de energia. Se for parasitário, adoecerá, se for simbiótico criará dependência, se for mutualista beneficiará a todos que se relacionam. Buscar ser assertivo, verdadeiro, buscar o que temos em comum é mais produtivo que ficar mentindo ou brigando pelas diferenças.

4- Porque a sociedade nos treina para agradar aos outros, "ser para o outro" e dizer o que não pensa, expressar o que não quer. Isso é danoso para nossa mente e cria ambientes artificiais, relações imaturas.

5- O exagero da vida material, o avança tecnológico em detrimento do humano, do espiritual, das relações afetivas

6- Mergulhar em si mesmo, voltar a sonhar, ter metas e objetivos que inclua os valores afetivos, parar com esse automatismo e tecnofilia. Voltar a comunicar-se, a viver comunitariamente.

7- Perdemos a harmonia entre corpo- mente e alma. A luta para ser famoso, rico, adquirir bens. A pensação (o disparo do pensamento) o excesso de informações e a ênfase negativista delas criam um turbilhão de preocupações que nos adoece física e psiquicamente. Aí vem depressão, fobias, as “dores da alma”.

8- Faço um convite. Acesse o meu blog www.eduardoandradeaquino.blogspot.com e também Twitter: www.twitter.com/eduardoaaquino.Aos que quiserem ser parceiros, peço que leiam meu livro: Bem Vindo a Vida, lançado pela Editora Sextante, sublinhando conceitos que julgarem relevantes. Este é o livro básico que em forma de romance, apresento minha visão do mundo.Pode se encontrado nas melhores livrarias, e também ser obtido via internet (submarino.com, americanas.com, leitura.com, etc..).